domingo, 23 de setembro de 2012

"O que significa orar sem cessar?"






Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!





Vamos meditar nesta oportunidade na epístola de Paulo aos 1 Ts 5:17,que diz: “Orai sem cessar” .

O apóstolo Paulo aconselha os cristãos a orar sem cessar, o que significa sem interrupção, sem suspensão, sem descansar. Então, põe-se a questão: como é possível estar a orar sem cessar?



Ø Contexto bíblico


O próprio  Paulo afirma que orava sem cessar pelos cristãos em Roma, de acordo com o texto de Romanos capítulo um: “Pois Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, me é testemunha de como incessantemente faço menção de vós, pedindo sempre em minhas orações que, afinal, pela vontade de Deus, se me ofereça boa ocasião para ir ter convosco.” (Rm 1:9,10). O que Paulo está dizendo é que não deixa de mencionar os cristãos de Roma nas suas orações. 
Encontramos algo semel­hante na sua primeira carta aos tessalonicenses, que diz: “…lembrando-nos sem cessar da vossa obra de fé, do vosso trabalho de amor e da vossa firmeza de esperança em nosso Senhor Jesus Cristo.” (1 Ts 1:3) E na segunda carta consta: “Por isso nós, também, sem cessar damos graças a Deus.” (1 Ts 1:13). Isto quer dizer que de maneira alguma deixavam de lembrar-se da fé que eles manifestavam, e de modo nenhum cessavam de agradecer ao Senhor pela forma como tinham recebido a Palavra de Deus.
Por conseguinte, sem cessar significa ‘não omitir’ a oração, os cristãos, ou a gratidão, na ocasião apropriada para o fato. Dito doutra maneira seria: a vossa oração deve ser sem omissão na ocasião própria, no tempo determinado para o efeito. 
O salmista faz confissão da sua prática constante na oração: “Sete vezes no dia te louvo pelas tuas justas ordenanças.” (Sl 119:164). Da mesma sorte os inimigos de Daniel confessam o seu costume na oração: “Então responderam ao rei, dizendo-lhe: Esse Daniel, que é dos exilados de Judá, e não tem feito caso de ti, ó rei, nem do interdito que assinaste; antes três vezes por dia faz a sua oração.” (Dn 6:13). O que notamos nestas experiências é a fidelidade no processo da oração pessoal. Deus não aprecia a quantidade de tempo nem de vocabulário usados na oração. O que Ele aprecia é a sinceridade na adoração, na manifestação de dependência e no pedido segundo a necessidade do momento. Eis o que Isaías escreveu acerca do povo de Israel: “Quando estenderdes as vossas mãos, esconderei de vós os meus olhos; e ainda que multipliqueis as vossas orações, não as ouvirei porque as vossas mãos estão cheias de sangue.” (Is 1:15). Deste modo, nem o sacrifício de gastar muito tempo em oração servirá de alguma coisa.
Recordemos o que o Senhor Jesus ensinou acerca do mesmo tema: …“e quando orardes não sejais como os hipócritas; pois gostam de orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.” (Mt 6:5–8). Nota­mos ainda que a oração que segue o trecho anterior, chamada Pai Nosso, é muito curta, mas também muito definida, a qual deve servir de modelo para as nossas orações.
Encontramos um ótimo exemplo na oração de Ezequias, quando ele estava doente e às portas da morte: “Por aquele tempo Ezequias ficou doente, à morte. O profeta Isaías, filho de Amós, veio ter com ele e disse-lhe: Assim diz, o Senhor: Põe em ordem a tua casa porque morrerás, e não viverás. Então o rei virou o rosto para a parede e orou ao Senhor, dizendo: Lembra-te agora, ó Senhor, te peço, de como tenho andado diante de ti com fidelidade e integridade de coração, e tenho feito o que era reto aos teus olhos. E Ezequias chorou muitíssimo.” (2 Rs 20:1–3).
Apesar de a sua oração ser tão pequena, o Senhor ouviu a e respondeu imediatamente conforme o relato bíblico: “E sucedeu que, não havendo Isaías ainda saído do meio do pátio, veio a ele a palavra do Sen­hor, dizendo: Volta e dize a Ezequias, príncipe do meu povo: Assim diz o
 Senhor Deus de teu pai Davi: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas. Eis que eu te sararei; ao terceiro dia subirás à casa do Sen­hor. Acrescentarei aos teus dias quinze anos; e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e defenderei esta cidade por amor de mim e por amor do meu servo Davi.” (2 Rs 20:4–6).
As bênçãos do céu não se recebem pelo muito falar diante de Deus, mas pela manifestação duma atitude correta perante Ele, como está escrito: “se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus peca­dos, e sararei a sua terra.” (2 Cr 7:14). Quando sabemos que Deus nos ouve não necessitamos de permanecer na oração, pois Ele já nos ouviu; o que precisamos é de confiar na possibilidade e na fidelidade de nosso Pai celestial para nos conceder o bem que lhe pedimos, como nos diz o autor de Hebreus: “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.” (Hb 11:6).
Quando cremos nisto não permaneceremos indefinidamente na oração. Como somos ensinados em Marcos 11.22–24: “Respondeu-lhes Jesus: Tende fé em Deus. Em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar; e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, assim lhe será feito. Por isso vos digo que tudo o que pedirdes em oração, crede que o recebereis, e tê-lo-eis.” Literalmente, o grego contém este significado: “Tende fé proveniente de Deus”… “tudo o que pedirdes orando”… “crede que o recebestes e será vosso”. Portanto, podemos dizer: Não é grande fé que move montanhas, mas a minha fé na grandeza de Deus. Quando recebe­mos a revelação da solução para a dificuldade, podemos levantar-nos e entrar em ação.
Neste aspecto, contamos com a experiência de Jesus que, por motivo especial, passou a noite em oração: “Naqueles dias retirou-se para o monte a fim de orar, e pas­sou a noite toda em oração a Deus. Depois do amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos.” (Lc 6:12). É justo acreditar que, enquanto o Senhor orava estaria formando a lista dos escolhidos, mas após ter completado essa lista, cessou a oração e de madrugada executou o seu plano. O mais importante é seguir o conselho do Senhor para manter uma íntima comunhão com Deus: “Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” (Mt 6:6).
Noutra ocasião, após tomar a sua última Páscoa com os discípulos, Jesus dirigiu-se para o Jardim do Getsêmani e afastou-se para orar, levando consigo Pedro, Tiago e João. “E começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então lhes disse: A minha alma está triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo… E adiantando-se um pouco, prostrou-se com o rosto em terra e orou, dizendo: Meu Pai, se é possível passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres”… (Mt 26:37–39). “Retirando-se mais uma vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar sem que eu o beba, faça-se a tua vontade… Deixando-os novamente, foi orar terceira vez, repetindo as mesmas palavras. Então voltou para os discípulos e disse-lhes: Dormi agora e descansai. Eis que é chegada a hora, e o Filho do homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores.” (Mt 26:42,44,45).

Obviamente, não pode significar que devemos estar com uma postura de cabeças baixas e olhos fechados o dia todo. Paulo não está se referindo a falar sem parar, mas uma atitude de consciência da presença de Deus e de render a Ele tudo o que fazemos o tempo todo. Todo momento que estamos acordados deve ser vivido com a consciência de que Deus está conosco e está ativamente envolvido em nossos pensamentos e ações.

Quando nossos pensamentos se voltam à preocupação, medo, desencorajamento e ira, devemos conscientemente e rapidamente tornar todo pensamento em oração e toda oração em ação de graças. Em sua carta aos Filipenses, Paulo nos comanda a não mais sermos ansiosos, mas pelo contrário: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (4:6).

Ele ensinou os crentes de Colossos a perseverarem “na oração, vigiando com ações de graças” (Cl 4:2). Paulo exortou os crentes da igreja de Éfeso a enxergarem oração como uma arma para ser usada em batalhas espirituais (Ef 6:18).


“Como os cavaleiros da antiguidade, sempre em batalha, nem sempre em seus cavalos avançando com suas lanças contra o seu adversário para fazê-lo cair do cavalo, mas sempre usando as armas que podiam alcançar.... Aqueles cavaleiros deprimidos geralmente dormiam em suas armaduras; então, até mesmo quando dormimos, ainda sim devemos estar no espírito de oração, para que se por acaso acordarmos de noite, ainda estaremos com Deus”.

Durante o percorrer do dia, oração deve ser a nossa primeira resposta a toda situação atemorizante, a todo pensamento ansioso, a toda tarefa indesejada que Deus comanda.

A falta de oração vai fazer com que paremos de depender da graça de Deus e passemos a depender de nós mesmos. Orar sem cessar é, em essência, dependência da comunhão com o Pai.

Para os Cristãos, oração é como respiração. Você não tem que pensar para respirar porque a atmosfera exerce pressão nos seus pulmões e o força a respirar. Por isso é mais difícil prender a respiração do que respirar. Semelhantemente, quando nascemos de novo e passamos a fazer parte da família de Deus, entramos em uma atmosfera espiritual onde a presença e graça de Deus exercem pressão, ou influência, nas nossas vidas. Oração é a resposta normal a essa pressão. Como crentes, temos todos entrado na atmosfera divina para respirar o ar da oração. Só então podemos sobreviver na escuridão desse mundo.

Infelizmente, muitos crentes prendem sua respiração espiritual por muito tempo, achando que breve momentos com Deus são suficientes para sobreviverem. No entanto, tanta restrição do influxo espiritual é causada por desejos pecaminosos. O fato é que todo crente deve estar continuamente na presença de Deus e constantemente respirando Suas verdades para serem completamente funcionais.

Porque fazemos parte de uma sociedade livre e próspera, é mais fácil para os Cristãos se sentirem seguros ao presumir – ao invés de depender – da graça de Deus. Muitos crentes ficam satisfeitos com as bênçãos físicas e têm pouco desejo por bênçãos espirituais. Ao se tornarem tão dependentes dos seus recursos físicos, eles acham que pouco precisam dos recursos espirituais. Quando programas, métodos e dinheiro produzem resultados impressionantes, há uma inclinação para confundir sucesso humano com benção divina.

Cristãos podem na verdade se comportar como humanistas, vivendo como se Deus não fosse necessário. Quando isso acontece, desejo ardente por Deus e necessidade de Sua ajuda vão estar faltando, assim como o Seu poder. Por causa desse grande – e comum – perigo, Paulo encorajou os Cristãos a orar “em todo tempo” (Ef 6.18) e a perseverar na oração (Cl 4:2). Oração contínua, persistente e incessante é uma parte fundamental da vida Cristã que tem sua origem na dependência em Deus.


Podemos orar ao SENHOR de diversas formas e lugares. Podemos orar de joelhos, em pé, sentados, deitados, agachado. A oração ao SENHOR é uma conversa (SINCERA) do filho (nós)com o PAI, Todo Poderoso. E pode ser feita, em casa, na igreja, no ônibus ou trem, andando na rua. O importante é “conversar“ com o SENHOR e aguardar sua resposta com paciência.

Que Deus nos ajude a orar em todo o tempo aonde e como estivermos em nome de Jesus, amém!

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