sexta-feira, 21 de setembro de 2012

As vinte lições da multiplicação dos pães








Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!



Nesta oportunidade nós vamos meditar na Palavra de Deus no Evangelho de João 6:1-13

1.     Depois disso,  partiu Jesus para o outro lado do mar da Galiléia, que é o de Tiberíades.

2.     E  grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos.


3.     E  Jesus subiu ao monte e assentou-se ali com os seus discípulos.

4.     E  a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima.


5.            Então, Jesus, levantando os olhos e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele,  disse a Filipe:   Onde compraremos pão,  para estes comerem ?

6.     Mas dizia isso para o experimentar;  porque ele bem sabia o que havia de fazer.


7.           Filipe respondeu-lhe:   Duzentos dinheiros de pão não lhes bastarão,  para que cada um deles tome um pouco.

8.          E, um dos seus discípulos,  André, irmão de Simão Pedro,  disse-lhe:


9.          Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos,  mas que é isso para tantos?

10.                             E disse Jesus:   Mandai assentar os homens.    E havia muita relva naquele lugar.   Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil.


11.                             E Jesus tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos,  pelos que estavam assentados;  e igualmente também os peixes;   quanto eles queriam.

12.                          E,  quando estavam saciados, disse aos seus discípulos:   Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca.



13.                         Recolheram-nos, pois, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido.


Este é o único milagre relatado em todos os quatro evangelhos. ( Mc 6:30-44; Lc 9:10-17; Mt 14:13-21; Jo 6:1-14). Sem dúvida chegou até nós provenientes de várias fontes, conforme se demonstra no manuseio diferente do incidente nos quatro evangelhos. 

Alguns estudiosos supõem, entretanto, que o que temos é apenas o manuseio diverso de uma única tradição. Isso é menos provável, entretanto. A menção dos «pães de centeio» (Jo 6:9) faz-nos lembrar do milagre de Elias, em II Reis 4:42-44; I Rs 17:9-16).

Porém, a despeito das similaridades, não há motivo para supor-se que temos aqui meramente uma narrativa inventada, mediante a qual o evangelista queria ensinar que Jesus é, espiritualmente falando, o pão da vida.

Comer e beber são metáforas familiares que apontam para a satisfação de nossas necessidades espirituais. (Ver Jesus como o pão da vida, em Jo 6:48).

O milagre envolveu a multiplicação de matéria física, um ato de criação. Existem pessoas que, a despeito de aceitarem diversos outros milagres de Jesus, especialmente curas, negam este prodígio, achando que só pode ter tido origem psicológica ou psíquica. É evidente que, nessa ocasião, Jesus se utilizou de seus poderes divinos, ou, pelo menos, sobrenaturais, em vez de expressar a sua personali­dade humana, que no caso dele era extraordinaria­mente desenvolvida por causa de busca e experiência espirituais.


 Jesus usualmente usou esses poderes, disponíveis a qualquer indivíduo que use os meios fornecidos por Deus para desenvolver-se espiritual­mente. É verdade que nos utilizamos do poder do Espírito Santo, porém devemos lembrar que esse poder é dado ao homem não somente como instrumento para ser usado em separado da personalidade humana, porquanto o poder do Espírito Santo é outorgado ao homem para que faça parte de sua própria personalidade.

O plano do evangelho é transformar o ser humano até que ele se torne um ente superior, mais poderoso e mais inteligente do que os anjos; portanto, o poder do Espírito Santo vem fazer parte da expressão humana. Ver em Rm 8:29 sobre essa transformação do ser humano segundo a imagem de Cristo. Mas aqui, neste texto, achamos um tipo de milagre que certamente está além da capacidade da personalidade humana, pois se trata de um milagre que ilustra os poderes divinos de Jesus.
 Lembremo-nos que ele operou outros milagres sobre a natureza, como quando a água foi transformada em vinho (João 2), quando andou à superfície do mar (vss. 22,23 deste capítulo), ou quando fez cessar a tempestade (Mt 8:23-27), etc. Jesus, portanto, mostrou que era capaz de operar milagres de criação.

1.  AS DIFERENÇAS DOS DOIS MILAGRES


•    Na primeira multiplicação havia cinco pães e dois peixes; na segunda, sete pães, sem mencionar peixes.


•    Na primeira multiplicação havia cinco mil homens, além de mulheres e crianças; na segunda, quatro mil homens, além de mulheres e crianças.


•    Na primeira multiplicação recolheram doze cestos de sobras;na segunda, apenas sete.


•    Na primeira multiplicação a palavra grega usada para cesto refere-se a um cesto pequeno, que podia ser carregado apenas em uma das mãos; na segunda, o termo grego se refere a um cesto grande do tamanho do que foi usado para descer Paulo da muralha de Damasco.
•    Na primeira multiplicação o público alvo era os judeus na Galiléia; na segunda, os gentios em Decápolis.


Vejamos agora as vinte lições da multiplicação dos pães


1.     Quando Jesus nos pergunta é para nos ensinar

   Vendo a multidão faminta, o Senhor Jesus faz uma pergunta extremamente interessante a  Felipe:  “Onde compraremos pão, para estes comerem ?  (Jo 6:5)   Quando nós fazemos uma pergunta, é porque estamos querendo aprender.   


  Mas, com o Senhor é completamente diferente;  todas as vezes que o Senhor faz uma pergunta é para nos ensinar uma grande lição:     Quando pergunta para Adão – Onde estás ? (Gn 3:8) (Pergunta para ensinar-lhe sobre sua posição de culpabilidade e pecado que se encontrava).   



  Quando pergunta para Elias –Que fazes aqui Elias ? (1 Rs 19:13)(Pergunta para ensinar-lhe que fora da clausura da caverna, havia muito trabalho a fazer para Deus  1 Rs 19:13-16).


Quando pergunta em Lucas 18:8   “Quando vier o Filho do Homem, porventura achará fé na terra ?”- Jesus ao perguntar, profetizou que os dias que antecederão sua Vinda, serão dias de uma grande crise de fé em toda Terra.


A pergunta feita a Felipe traz em seu bojo, um desafio ‘a fé de Felipe e dos demais discípulos.   Em outras palavras, Jesus estava confrontando a fé de Felipe, para este crer no Deus que ali estava pronto para prover a multidão.


Se desejarmos ver em nossa vida, o milagre da provisão e da multiplicação precisamos crer inteiramente no Senhor (Hb 11:6)

2.     Jesus quer que nos apresentemos a Ele para depois lhe entregarmos algo.

Primeiro: Consideremos a entrega do que somos.   Notai que o evangelista João, ao descrever o milagre, fala primeiro que um rapaz se apresenta:  “Está aqui um rapaz”,   para depois falar do que ele tem: cinco pães de cevada e dois peixinhos.   


Como o Senhor multiplicará o que temos se não nos damos primeiramente a Ele?   Quantos oram para que suas finanças sejam ricamente abençoadas,  seu trabalho e sua empresa prosperem,  seu pão de cada dia seja multiplicado;   no entanto, nunca se entregaram de corpo e alma ao Senhor.   


Lindo é o exemplo dos crentes da Macedônia descrito por Paulo:  “Também,  irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada ‘as igrejas da Macedônia.   

Como em muita prova de tribulação, houve abundancia de seu gozo,  e como a sua profunda pobreza, abundou em riquezas da sua generosidade.     Porque, segundo o seu poder  (o que eu mesmo testifico),  e ainda acima do seu poder,  deram voluntariamente.


Pedindo-nos com muitos rogos a graça e a comunicação deste serviço,  que se fazia para com os santos.
E não somente isto fizeram como nós esperávamos,  mas a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor,  e depois a nós, pela Vontade de Deus.  (2 Co 8:1-5)

Segundo:  Consideremos a entrega do que temos
Depois de nos entregarmos ao Senhor,  poderemos sem sombra de dúvida,  ver  a multiplicação do que temos.
Qual a oferta que Deus recebe, senão, aquela oferta que traduz a entrega primeira de todo ser a Deus.   

Como Abel e sua oferta.   O ofertante se fundiu ‘a sua oferta,   seu coração, sua vida e sua adoração ali estavam na oferta. Para este tipo de oferta, Deus sempre atentará.    “E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura.   E atentou o Senhor para Abel e sua oferta.” (Gn 4:4)


3.     Jesus observa a nossa liberalidade.

Ø Vemos naquele rapazinho, a vitória da generosidade sobre a avareza.


Queridos irmãos,  diante da multidão faminta, aquele jovem que trazia o seu pequeno lanche;   poderia ter-se omitido, poderia ter ocultado sua provisão, poderia ter se retirado sutilmente a um lugar ‘a parte, e sem ninguém notar para comer  sua saborosa merenda.    


No entanto, ele assim não procede;  pois não era avarento, nem tinha um coração egoísta.   Aquele jovem, diante do quadro de profunda necessidade, se apresenta com o que tem. Que lindo!  Ele deve ter pensado: “Como posso eu comer, se esta gente está com fome?    Vou entregar ao Senhor o que tenho...”

Ø Algumas Bênçãos preciosas da Liberalidade:

a)    Vida abençoada (Sl 112:1-9)

b)    Provisão abundante ( Pv 3:9-10)

c)     Janelas dos Céus abertas ( Ml 3:10)

d)   Multiplicação do que temos ( 1 Rs 17:8-16)


4.     Jesus observa a nossa gratidão.

Ø É digno de nota, que o milagre da multiplicação é precedido por  uma atitude de gratidão.   “E Jesus tomou os pães e,  havendo dado graças...”  (Jo 6:11).

Crentes ingratos passam pela vida, sem verem o poder multiplicador da benção de Deus.   Mas, o agradecido, vivencia a cada partir do pão, o milagre da multiplicação. (1 Ts 5:18)(Cl 3:17)

Ø É interessante como Deus trabalha na vida de quem é a Ele agradecido.   Quando agradecemos as bênçãos recebidas (Sl 103:1,2), estamos preparando o caminho para mais bênçãos.                      Deus vê o coração agradecido, como o solo mais fértil para seus gloriosos investimentos.


Deus trabalha assim:   A gente agradece e recebe.  Recebe e agradece;  e porque agradece, continua recebendo.  Bendito ciclo.     Queridos irmãos, não interrompamos este divino processo em nossas vidas,  mas sejamos a Ele agradecidos sempre. 


No milagre que Jesus operou purificando dez leprosos de uma só vez.  Jesus não desejava apenas curá-los fisicamente, mas também salvar suas preciosas almas.

   Nove receberam apenas a cura para seus corpos; mas, um que tinha o coração cheio de gratidão, voltou para render-lhe graças.  


Este foi duplamente abençoado:  Foi curado da lepra completamente e foi salvo pelo poder de Deus (Lc 17:11-19).   Voltemos sempre ao Senhor para agradecer-lhe.  

 Não tenha dúvidas, que ao voltarmos a Ele, mais bênçãos receberemos.


5.     O milagre de Jesus ocorre no momento da partilha.

Ø “E Jesus tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu pelos discípulos,  e os discípulos pelos que estavam assentados;   e igualmente também os peixes,  quanto eles queriam.”(Jo 6:11)


O Milagre da  multiplicação não se deu em um só momento em que Jesus partiu os pães e os peixes. 

 Porque se assim fosse;  imediatamente se teria uma verdadeira montanha de pães e peixes multiplicados.   Mas,  o milagre da multiplicação se deu cada vez que ocorria a partilha.


Primeiro:    Multiplicou na mão de Jesus ao repartir e dar aos discípulos.

Segundo:   Multiplicou na mão dos discípulos ao repartirem com os chefes de cada família.


Terceiro:  O milagre da multiplicação não parava, enquanto iam repartindo:  De pai para mãe,  de mãe para filhos,  de irmão para irmão,  de vizinho para vizinho, de amigo para amigo.

Ø Não existirá o milagre da multiplicação em nossas finanças, em nosso pão, em nossa casa,  até que sejamos liberais no repartir o que temos.   Neste glorioso milagre, Jesus está nos alertando, que se não houver partilha,  jamais haverá multiplicação.

Ec  11:1,2     “Lança o teu pão sobre as águas,  porque depois de muitos dias o acharás.     Reparte com sete, e ainda até com oito,   porque não sabes que mal haverá sobre a terra.”

Lc  6:38      “Dai, e ser-vos-á dado;  boa medida,  recalcada,  sacudida e transbordando vos deitarão no vosso regaço; porque com a medida com que medirdes também vos medirão de novo.”

2 Co 9:6-10     “E digo isto:  Que o que semeia pouco,  pouco também ceifará,   e o que semeia em abundancia,  em abundancia também ceifará.    Cada um contribua segundo propôs no seu coração;  não com tristeza,  ou por necessidade;  porque Deus ama ao que dá com alegria.  


  E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, afim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra.   Conforme está escrito:   Espalhou ,  deu aos pobres;   a sua justiça permanece para sempre.  

    Ora,  Aquele que dá semente ao que semeia, e pão para comer,  também multiplicará a vossa sementeira, e aumentará os frutos da vossa justiça.”

6. É o próprio Jesus que nos conduz ao deserto.

   Mateus diz que “Jesus...retirou-se...para um lugar deserto” (14.13), Marcos fala que “Jesus disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto” (6.31), já Lucas que “tomando-os consigo, retirou-se para um lugar deserto” (9.10), e João apenas que “Jesus partiu para a outra banda do mar da Galiléia” (6.1), logo Jesus foi, convidou, e levou os discípulos a um lugar deserto. 


Mais nota que é um lugar deserto (adjetivo) e não o deserto (substantivo), mas  tanto o lugar deserto quanto o deserto é sinônimo de luta, angustias, tempo de provação, tempo de aprendizado e conhecimento de nós mesmos e de Deus, e muitas vezes o Senhor nos leva para o deserto para que nos sejamos moldados por Ele.


   A Bíblia diz que “quando Faraó deixou ir o povo. Deus não os levou pelo caminho... que estava mais perto. Mais Deus fez rodear o povo pelo caminho do deserto” (Ex. 13.17,18). Pelo caminho mais perto que passava pela terra dos Filisteus, o povo de Israel levaria quinze dias para chegar à terra prometida, todavia pelo caminho do deserto levaram quarenta anos.


   Israel estivera quatrocentos anos cativo no Egito, quando o povo saiu debaixo do jugo de Faraó, estavam debilitados, cansados e não tinham experiências em guerra e nem conhecia o poder de Deus, se eles fossem pelo caminho dos Filisteus teriam que enfrentar guerras e então o povo de Senhor seriam derrotados, por isso Deus os leva para o deserto, para que eles tenham conhecimento da fragilidade humana e do poder daquele que os libertará do jugo.

  Muitas vezes nós não entendemos o porquê estamos passando pelo deserto, e até ousamos murmurar contra Deus achando que Ele nos esqueceu, quando na realidade Ele esta nos preparando para obras grandes, para ministérios espetaculares. 


O ministério na vida de Jesus aqui na terra foi algo incomparável, mais antes “foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo” (Mt. 4.1).

 Quem tem o poder de levar o crente ao deserto é Deus, o Diabo não leva ninguém ao deserto, ele apenas tenta aqueles que lá estão. Mas aquele que nos levou não nos deixou sozinho, Ele esta conosco, pois deserto é apenas para peregrinar, terra prometida  é para habitar. Louvado seja o nome do Senhor.

7.  A presença de Jesus não nos isenta das lutas, mas elas se dissipam pela sua providência.


   A multidão esta atenta ouvindo Jesus, todos eles haviam deixado suas casas para aprender a palavra de Deus que saia com tanta autoridade e poder da boca do mestre. 


O tempo foi passando e o povo teve fome, Mateus diz que os discípulos foram até Jesus dizendo “despede a multidão, para que vão pelas aldeias, e comprem comida pra si” (14.15).


 Lucas diz que os discípulos falaram “Despede a multidão, para que, indo aos lugares e aldeias em redor, se agasalhem, e achem que comer” (9.12), João diz que foi  “Jesus, levantando os olhos vendo que grande multidão vinha ter com ele, disse a Felipe: onde compraremos pão para estes comerem?” (6.5), mas é Marcos quem da a razão da preocupação de Jesus e dos discípulos, ele diz “despede-os, para que vão aos lugares e aldeias circunvizinhas, e comprem pão para si; porque não tem o que comer.” (6.36). Nota bem “NÃO TEM O QUE COMER”, mas espere um pouco, Jesus não estava no meio da multidão? Não estavam eles realizando a vontade do Pai? Como então pode faltar pão para comer?


   A Bíblia conta a historia de “uma mulher das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Elizeu dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao Senhor, e veio o credor, a levar-me os meus dois filhos para serem servos”(2Rs. 4.1). 

Segundo Flavio Josefo, o marido desta mulher é Obadias, e ele “temia muito ao Senhor, porque sucedeu que destruindo Jezabel os profetas do Senhor, Obadias tomou cem profetas, e de cinqüenta em cinqüenta os escondeu, numa cova e os sustentou com pão e água” (IRs. 18.3,4), antes de Obadias pagar a divida que adquiriu para sustentar os cem profetas, Deus o recolhe para o seio de Abraão, deixando sua família em maus lençóis. Agora pergunto, não estava ele fazendo a obra de Deus, porque então veio este mal sobre a sua família?


   É interessante também notar o texto bíblico sobre a família de Lázaro, “estava então enfermo certo Lázaro... mandaram-lhe, pois suas irmãs dizer: Senhor, eis que esta enfermo aquele a quem tu amas” (Jo. 11.1,3), ao ouvir esta mensagem Jesus manda um recado àquela família “esta enfermidade não é para a morte, mais para a gloria de Deus” (Jo. 11.4, ao receberem a resposta de Jesus, Marta e Maria se encheram de alegria e esperança confiantes que Lazaro não morreria.

 Agora pergunto: Lázaro morreu ou não morreu? Todos nos sabemos que ele morreu, e que Jesus só chegou em Betânia quatros dias após Lázaro estar sepultado.


    A presença de Cristo em nossa vida não significa ausência de luta, muito pelo contrario, Jesus disse “no mundo tereis aflição” (Jo.17.33), mais sim, que venceremos as lutas que sobre nos vierem. 

Não tinha pão no lugar deserto, mais Jesus operou milagre e toda àquela multidão se alimentou a viúva que foi até Elizeu viu o milagre e ficou rica e Marta e Maria virão Lázaro sair da sepultura. 


Deus pode não te livrar de passar pelo fogo, mais tenha certeza que Ele te livrará no meio do fogo, Deus pode não te livrar das lutas, mas creio que Ele te dará vitória em meio às lutas que você passar! Gloria a Deus!


8.Jesus está contemplando a nossa necessidade


   Mateus diz que “Jesus...viu uma grande multidão” (14.14), no que Marcos concorda com ele (6.34).

 João vai mais além, e com muita propriedade diz que “Jesus, levantando os olhos, e vendo... grande multidão” (6.5), nos dando assim uma visão mais apurada da atenção de Jesus à multidão que fora com Ele ao deserto.
   

Jesus sempre teve a preocupação, de que todos que fossem até ele se sentissem aceitos. Ele preocupava que todos fossem abençoados, que voltassem para seus lares com a convicção que o Senhor estava atento as suas vidas.

   No inicio de seu ministério, estava ele junto ao lago de Genesaré e “ao apertá-lo a multidão para ouvir a palavra de Deus” (Lc. 5.1), Jesus “entrou em um dos barcos, que era de Simão, pediu-lhe que o afastasse em pouco da praia” (Lc. 5.3).


 Eu sempre fiquei intrigado com isto, como pode Deus se afastar da multidão que estava sedenta por ouvir a palavra? Mais um dia Deus abriu meus olhos e entendi que ao entrar no barco de Simão, ele não estava fugindo da multidão, ele estava era preocupado com aqueles que estavam nas ultimas fileiras que não podiam ouvi-lo.


Aqueles que o apertavam impediam que os demais ouvissem a palavra de Cristo, ao entrar no barco ele esta se tornando acessível a toda a multidão. Ao se afastar da multidão ele esta é se aproximando de cada uma daquelas pessoas.


   Ao levantar os olhos, Jesus esta nos dizendo: Fique tranqüilos eu sempre estou atento a vocês, em nenhum momento eu perco vocês de vista! Em muitos textos da Bíblia nos encontramos esta verdade de modo palpável. 


Seja Hagar no deserto (Gn. 21. 14-21), ou Elias na caverna (IRs. 19. 4-15), ou ainda Paulo e Silas na prisão (At. 16.22-25), ainda João na ilha de Patmos (Ap. 1.9,10). 

Portando meus irmãos, fique tranqüilo, Deus esta atento à vida de cada um de nós, Ele diz “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos eu te gravei; os teus muros estão continuamente diante de mim!” (Is. 49.15,16).

9. Jesus jamais nos despede vazios.


   Mateus diz que os discípulos falaram a Jesus “o lugar é deserto e vai adiantada a hora; despede, pois, as multidões para que, indo pelas aldeias, comprem para si o que comer” (14.15), Marcos acrescenta “passando pelos campos ao redor e pelas aldeias, comprem para si o que comer” (6.36), Lucas também tem o que acrescentar ao narrar o que os discípulos falaram a Jesus “despede a multidão, para que indo as aldeias e campos circunvizinhos se hospedem e achem alimentos; pois estamos aqui em lugar deserto” (9.12). 


Todos os discípulos estão fugindo da responsabilidade de alimentar a multidão. A visão de João do episodio é mais interessante, ele informa que “Felipe (disse): não lhes bastariam duzentos denarios de pão, para receber cada um o seu pedaço”. 


Duzentos denarios equivalem a duzentos dias de trabalho, ou seja, mais da metade de um ano de um trabalhador judeu; não era pouca coisa, era muito dinheiro.


   São interessantes as desculpas que damos para fugirmos da responsabilidade de ajudar alguém, os discípulos falaram de aldeias, campos, hospedagem e até de valor monetário, tudo para não ter que alimentar a multidão. 

Mais para todos que vieram falar para Jesus despedir a multidão, ele respondeu: “dai-lhe vos mesmos o que comer” (Mt. 14.16; Mc. 6.37; Lc. 9.13).
  

 O salmista diz que Deus “dá pão aos que tem fome” (Sl. 146.7b) e diante da multidão estava àquele que diz “eu sou o pão da vida” (Jo. 6.48), como poderia ele despedir a multidão com fome?


   Vejamos a diferença entre a forma de o homem agir e a forma de Deus. Vamos analisar rapidamente como Abraão agiu com uma mulher necessitada.


   Após o nascimento de Isaque, Sara disse a Abraão “rejeita essa escrava e seu filho” (Gn. 21.10), pois ela não queria que Ismael fosse herdeiro junto com Isaque das promessas de Deus na vida de Abraão. Deus permite a Abraão despedir Hagar e Ismael, pois 


Ele diz “também do filho da serva farei uma grande nação” (Gn. 21.13), então “levantou-se, pois, Abraão de madrugada, tomou pão e um odre de água, pô-los ás costas de Hagar, deu-lhe o menino, e a despediu. Ela saiu, andando errante pelo deserto de Berseba” (Gn. 21.14).


   Nota que Abraão era um dos homens mais rico de sua época, todavia ao despedir Hagar, ele dá apenas um pão e um odre de água! Que vergonha! Que mão de vaca! Um verdadeiro Tio Patinhas!
   Agora, nota Deus: “Então Jesus tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre eles; e também igualmente os peixes, quanto queriam, e quando já estavam fartos...” (Jo. 6.11,12), repare as frases, “quanto queriam e estavam fartos”, Jesus não despede ninguém com fome, enquanto os discípulos queriam que ele despedisse a multidão com fome, ele deu o quanto eles queriam e só mandou recolher a sobra depois que todos estavam fartos.


10. Jesus é organizado.

Se compararmos o texto acima fazendo um paralelo com o texto de Marcos cap. 6 vers. 40, observamos que Jesus os fez assentar na relva repartindo-os em grupos de 100 e de 50 em 50.
Vamos notar os seguintes detalhes:


a) Como o texto relata a quantidade de 5.000 homens, pelo sistema judaico de contagem de pessoas podemos estimar um grupo de cerca de mais ou menos 15.000 pessoas entre homens, mulheres e crianças;


b) Jesus mandou o povo se sentar na relva;
c) Foram formados grupos de 100 e de 50 pessoas.

Esta é uma lição que aqueles que lidam com a fome mundial precisam aprender com Jesus: organização na distribuição de alimentos.

11.Jesus nos ensinou a sermos gratos.


 Jesus agradeceu o alimento que tinha nas mãos para que este fosse multiplicado. Evidentemente, nosso mundo amarga cada vez mais a fome porque não reconhece que o alimento provém de Deus, o Criador de todas as coisas.

12. Jesus nos ensinou a usar com racionalidade seus recursos.

Terminado o ato da refeição, quando todos já estavam satisfeitos, Jesus mandou recolher o que sobejou. A natureza é farta, mas temos que aprender a usar com racionalidade seus recursos. Nada deve se perder. Alguns comentaristas bíblicos sugerem que as sobras daquele dia foram usadas para a próxima refeição do seu grupo de apóstolos.

Quando mandou recolher os pedaços que sobejaram, Jesus acrescentou: “para que nada se perca”. Jesus queria evitar o desperdício.
A Bíblia trabalha muito quanto ao desperdício. Outro exemplo disso é o maná que foi dado no deserto como alimento. O povo deveria colher apenas a porção suficiente para cada dia (Ex 16.4).


14.                       O Pouco é mais do que o suficiente para Jesus suprir a necessidade de todos.


15.                       Jesus prova os seus seguidores (Jo. 6: 6)


16.                       O Homem olha as impossibilidades e Jesus olha as possibilidades (Jo. 6: 7)


17.                       Cinco Pães de cevada e dois peixinhos o suficiente para alimentar uma grande multidão (Jo. 6: 9)


18.                       Organização (Jo. 6: 10) Deus não gosta de desordem, anarquia



19.                       Jesus sempre Ora antes de fazer alguma coisa (Jo. 6: 11)


20.                       O Povo queria fazer de Jesus um Rei Terreno, Jesus não abriu mão de seu Reino Celestial, e deseja ser entronizado por Deus e não pelos Homens. (Jo. 6: 15)






Jesus o Pão da Vida

A.    Trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna (Jo. 6: 27)

B.     A Obra de Deus consiste em Crer em Deus (Jo. 6: 29)


C.     O Pão de Deus é descido do céu e dá vida ao mundo (Jo. 6: 33)

D.    Jesus é o Pão da Vida (Jo. 6: 35)


E.     Quem está em Cristo não terá fome e nem sede (Jo. 6: 35)

F.     Quem vem a Cristo não é lançado fora (Jo. 6: 37)


G.    Jesus abriu mão de suas vontades como homem para fazer a vontade de Deus. Vamos tentar fazer o mesmo? (Jo. 6: 38)

H.    A Vontade de Deus é que nenhum daqueles que foram enviados a Cristo se perca, no entanto alguns podem se perder (Jo. 6: 39) [O caso Judas]


I.       A Vontade de Deus é que quem vê o Filho e crer nele tenha vida eterna, e seja ressuscitado no último dia (Jo. 6: 40)

J.       Somente vem a Cristo quem é enviado de Deus, se não enviado de Deus não vem a Cristo


K.     Quem ouve o Pai e aprende vem a Cristo (Jo. 6: 45)

L.      Jesus é o Pão da Vida (Jo. 6: 48)


M.  Quem come o Pão da Vida vive para sempre (Jo. 6: 51) 

   Este é o Deus que nos servimos que supre todas as nossas necessidades, e que  jamais nos despedira vazios “mas, como esta escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (I Co 2.9).


Que Deus nos abençoe e nos guarde em nome de Jesus, amém!

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