terça-feira, 18 de setembro de 2012

A santificação da nossa mente




Por: Jânio Santos de Oliveira



Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara



- Duque de Caxias- Rio de Janeiro



janio-construcaocivil.blogspot.com








Muitos dizem que o que diferencia o homem do animal é que o homem tem poder de raciocínio. Quer dizer, o homem é um ser pensante, embora muitas vezes as atitudes de alguns seres humanos nos deixem com dúvidas a este respeito.

Conversando com algumas mulheres sobre o ato de pensar, noto que, indiferente ao fato dela ser introvertida e calada ou extrovertida e falante, algo comum em todas é a quantidade de pensamentos que passam por suas cabeças ao longo de cada dia. Pensamentos bons ou ruins, falamos conosco mesmas o tempo todo.

Muitos desses pensamentos acabam por direcionar nossas atitudes, humor, sentimentos durante o dia. Esses pensamentos muitas vezes são influenciados por circunstâncias corriqueiras do dia, algo não muito agradável que aconteceu logo de manhã com nosso esposo, filhos ou pais, um desentendimento, uma palavra ríspida que nos magoou e permitimos que aquilo ocupasse nosso pensamento por tempo além do necessário ou do saudável.

A mente é onde nascem os nossos desejos, sonhos e pecados, é nela a nossa batalha diária, tem um ditado antigo que fala assim: “A boca fala do que está cheio o coração”. Sim é verdade, o coração neste caso é a nossa mente. É nele que guardamos nossas emoções, chateações e alegrias.

Esse é um dos lugares também onde mais sofremos ataques malignos, ele fica guardado conosco e muitas vezes somos pessoas amargas na mente e mentimos por fora, mas quando entramos no silencio do nosso quarto choramos as dores de fingir quem somos. Isso é muito comum quando não damos conta de sermos os mesmos em casa e fora dela.

A Bíblia fala que nosso pecado não nasce de fora pra dentro, ou seja, ele está em nossa mente, nos atraí então a prática. Nós não somos atraídos a nada que não está na nossa mente. É um fato muito comum guando encontramos atos escondidos de pessoas sérias que jamais imaginamos que fossem capazes de atitudes tão estranhas. Mas a pessoa só não exteriorizava o que havia na mente, então quando a verdade surge assusta a muitos. E não adianta qualquer um de nós fingirmos que não temos os nossos segredos interiores que temos sim, são eles que nos fazem errar sempre que não poderíamos errar.

Para onde formos levaremos conosco nossa mente sã ou doentia. Ela é a nossa mestra do erro ou acerto. Ela quem nos conduz a uma vida plena ou de fracassos. Quando dizemos a alguém para que tenha fé, estamos dizendo a ela para manter uma mente sã para pensar no que pode dar certo e não apenas no fracasso. Estamos querendo que ela seja alguém que tenha a mente sempre no certo.

Se deixarmos a mente voar como ela deseja somos capazes das maiores atrocidades que o mundo já viu. Quem de nós nunca teve vontade de arrancar a cabeça de alguém na hora da raiva. Mas se pararmos e dermos lugar a mente o faremos. Isso não significa que não erraremos, mas que não são estas loucas idéias que vai governar minha vida.

Não há como mudar nenhum tipo de comportamento se não mudarmos nosso modo de pensar. Talvez esta seja a mais árdua batalha de quem convive e lute por mudanças presidiárias, mudar o pensamento das pessoas não é fácil, pois leva anos a construção e a desconstrução há momentos que parecem inatingíveis.

O pecado que reside em nossa mente é o mais difícil de ser abandonado por que ele vive escondido, ninguém o vê e ninguém o chama para arrependimento. Mas não adianta vivermos essa farsa, há um que todas as coisas conhecem e antes de sermos quem somos já nos conhecia. Ainda no ventre de nossa mãe nos chamava pelo nome e sabia até o que haveríamos de ser.

O que é Santificação?

A Santificação é a separação do mundo e a consagração a Deus, esta separação e consagração a Deus produzem no homem um caráter de acordo com este relacionamento com Deus a partir daí forma-se então no homem um caráter santo, semelhante ao de Deus, pois como Ele mesmo falou né: “Sedes santo, porque Eu sou santo.” (1 PE 1.16). A Bíblia chama os salvos de santos, pois a partir do momento em que ela é salva, ela passa a ser separada do mundo para Deus, A santificação é um processo que se inicia na conversão e deve prosseguir durante todo o tempo de nossa vida na terra, claro que não é de uma hora pra outra, mas a partir do momento que tomamos uma ATITUDE diante de Deus, temos que desejar uma vida pura e sem mancha, temos que ser semelhante Aquele que nos criou.

Temos que lutar contra o pecado se preciso até o sangue, pois se nos descuidarmos podemos ESTACIONAR, ou até mesmo RETROCEDER ao invés de crescer na santificação. A morte de Cristo na Cruz e a sua ressurreição criaram todas as condições para que nós sejamos totalmente santificados, “o sangue de Jesus... purifica-nos de todo pecado.”( 1 JO 1.07). Temos também nesse processo uma ajuda importantíssima que é a do Espírito Santo, o esforço dEle em nos guiar é direcionado à santificação. O Espirito Santo nos leva a conformação com o caráter de Deus que é Santo. E é também através da Palavra de Deus que somos santificados (Jo 15.3), é por ela que a nossa mente é purificada e renovada.

Veja as recomendações bíblicas:
Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo tudo o que é puro tudo o que é amável tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento “ (Fp 4.8).

Este versículo não descreve a maioria das cenas nas novelas que passam na televisão. Muitas coisas na Internet não se encaixam aqui. O conteúdo de muitas músicas, revistas e conversas do dia-a-dia não passa neste teste. O que deve ocupar o nosso pensamento são as coisas boas que demonstram a grandeza e a santidade do Senhor.

“Lava o teu coração da malícia, ó Jerusalém, para que sejas salva! Até quando hospedarás contigo os maus pensamentos?”(Jr 4.14).

Para se livrar da malícia e alcançar a salvação, é imprescindível uma limpeza do coração, tirando toda a maldade. A figura de hospedar os maus pensamentos bem ilustra o problema que precisamos resolver. Quando deixamos um quarto no coração vazio e preparado para a permanência dos maus pensamentos, nunca ficaremos livres da maldade. Precisamos fazer uma limpeza total! Paulo explicou que a batalha do cristão é espiritual, e não carnal. O propósito dela é levar “cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10.5).

O maior desafio do discipulado é aprender pensar como Deus, submetendo todos os nossos pensamentos à vontade dele. Não é um exercício de raciocínio onde procuramos compreender e analisar os propósitos e as razões de Deus para aceitar e obedecer ao que faz sentido para nós.

É um exercício de vontade onde submetemos a nossa vontade à dele em absolutamente tudo.

O fato da justificação do crente durante o arrependimento, deve levar a uma experiência definitiva de santificação nas vidas de todos os Cristãos. A Bíblia atesta claramente a necessidade de tal experiência.

Quando esta necessidade é devidamente comprendida, a auto-negação e o enchimento com o Espírito Santo são reconhecidos, e mais Cristãos os vão procurar diligentemente.

A santificação, como segunda obra da graça depois da justificação, é uma experiência essencial. A falta dela, dá aso a uma vida em que a velha natureza adâmica – embora afastada em princípio – não está aínda crucificada na prática, e a pessoa aínda não está portanto cheia com o Espírito Santo. Em consequência disso, as obras da velha natureza (a carne) continuarão dominando essa vida.

Elas vão-se manifestar em disposições como o egoísmo, a arrogância espiritual e sentimentos de superioridade, o materialismo, o amor do mundo, a crítica e a condenação de outros crentes, a ausência de frutos espirituais, prioridades incorrectas e uma vida espiritual sem consistência.

O que segue é uma lista de algumas afirmações bíblicas claras, sôbre a necessidde da santificação, focando de ângulos diferentes o mesmo problema, e oferecendo a mesma solução:

Egoismo na vida dos discípulos. Os discípulos mostravam uma necessidade real de serem cheios do Espírito Santo, porque estavam cheios de si mesmos (Mt 20.27,28; Lc 22.24-26). Êles presumiam de facto, erradamente, que podiam manter-se fiéis a Jesus na sua própria fôrça (Mt 26.33-35).

Ausência de frutos espirituais. Uma outra indicação da necesidade da santificação, é a ausência de frutos espirituais na vida de uma pessoa. Tal pessoa pode ser comparada a uma árvore, que está viva mas não produz fruto algum, e portanto não serve a expectativa do lavrador (Mt 3.8; Jo 15.4).

A necessidade do poder do Espírito Santo. O Senhor Jesus instruiu os discípulos no sentido de não começarem a sua missão evangélica, antes de receberem poder do alto (Lc 24.49). Tal poder seria o muito necessário equipamento espiritual para levarem a cabo essa missão. (At 1.8).

Novos enchimentos. Depois da primeira experiência do enchimento com o Espírito Santo, muitas vezes acontece que – como resultado de crises na vida – uma pessoa necessita de novos enchimentos com o Espírito Santo, nos quais o Senhor toca, fortalece, encoraja e equipa a pessoa, para poder fazer face a novos problemas (At 4.29-31; 13.50-52).

Vitória sôbre as tentações. Somos aconselhados a olhar e a orar constantemente. Desta maneira, manter-nos-emos contìnuamente em Cristo e Êle em nós. Somos encorajados a viver vidas dedicadas e a vencer tentações e fraquezas (Mt 24.41).

Uma nova atitude para com o pecado e a santidade. A santificação exige uma disposição clara contra o pecado e a favor da retidão de Deus (Rm 6.11,22). Devemos precaver-nos sempre contra a conformidade com o mundo, e escolher antes em todas as circunstâncias ser santo e aceitável aos olhos de Deus (Rm 12.1-2).

O efeito paralizante de ser carnal. Uma atitude carnal tem um efeito paralizante sôbre os Cristãos, eliminando toda a possibilidade de crescimento espiritual (1 Co 3.1-3; Gl 5:17). Sem a eliminação do "eu" (egoismo), e sem carregarmos a cruz, as pessoas não sairão do seu estado de carnalidade por seu próprio esfôrço.

O obstáculo do velho homem. O motivo porque os Cristãos não crescem expontâneamente para a maturidade espiritual e para a vitória sôbre o pecado, é o obstáculo do velho homem – a natureza adâmica que tende a pecar, e que deve ser primeiro mortificada pela crucificação – (Ef 4.22-24; Rm 6:6).

A contínua mortificação da mente carnal. A mente carnal é inimiga de Deus, e não pode sujeitar-se às leis de Deus (Rm 8.7). Para sair dêste conflito íntimo, há só um caminho, e êsse caminho é a crucificação da velha natureza carnal (Rm 8.13; Gl 6.14).

Imaturidade espiritual. O fenómeno da imaturidade espiritual entre os filhos do Senhor, mostra claramente a necessidade da santificação e crescimento. Sem êstes, uma pessoa não está apta para o serviço, e falta-lhe discernimento espiritual (Ef 4.13-14; Hb 5.12; 6.1).

A necessidade de uma segunda obra da graça. A segunda obra da graaça está ligada a uma vida santa, e segue-se à primeira obra da graça, que se refere à nossa limpeza inicial do pecado durante o renascimento. Jesus Cristo ofereceu-Se para nos limpar e santificar (Ef 5.25-27).

A vida controlada pelo espírito. Esta vida torna-se realidade, quando nos opomos a todo o domínio do pecado e do egoísmo nas nossas vidas, e submetemos todo o nosso ser – corpo, alma e espírito – à direcção total do Espírito Santo (Gl 5.16).

O esfôrço pela perfeição. Nós não somos perfeitos, mas estamos a caminho de uma maior perfeição. Para conseguirmos realizar êsse objectivo, precizamos de, conscientemente pôr de lado a vida anterior, e dedicar-nos diàriamente a agir em conformidade com a vida renovadora de Jesus Cristo (Fp 3.7-12).

Viver como Cristo viveu. Nós somos chamados a caminhar tal qual Jesus caminhou (1 Jo 2.26; 1 Pe 2.21). E só poderemos seguir os Seus passos, se o Espírito Santo nos ajudar a vestirmo-nos com o Senhor Jesus Cristo, e não dermos ocasião a que a carne realize em nós os seus desejos (Rm 13.14).

Uma vida em harmonia com princípios celestiais. À luz da nossa cidadania celestial, (Fp 3.20), devemos viver santamente neste mundo mau e pecador (1 Ts 2.10-12; Hb 12.4). Agora, devemos estar preparados para nos encontrar face a face com o Senhor Jesus Cristo (1 Jo 3.3).

Uma vida totalmente mudada. No processo de santificação depois da conversão, devemos continuar a pôr de lado todos os restantes aspectos da vida velha, vestindo-nos ao mesmo tempo mais e mais, com a nova vida. Êsse é o nosso claro chamamento (Cl 3.8-14).

A necessidade de uma santificação completa. Depois da limpeza inicial dos nossos pecados durante o arrependimento, necesitamos aínda, defenitivamente, de ser cheios com o Espírito Santo, para sermos completamente santificados (1 Ts 5.23,24). Devemos ser inatacáveis em santidade perante Deus (1 Ts 3.13).

O abandono dos desejos mundanos. A graça do Senhor, que nos foi conferida durante a justificação, ensina-nos a repudiar sempre o mal e os desejos mundanos e a viver sobriamente, em rectidão e em santidade, enquanto esperamos pela Segunda Vinda de Cristo (Tt 2.11-13).

Motivação para vivermos uma vida santa. A motivação para a nossa santidade, deriva do carácter e vontade do próprio Deus, que nos chamou da escuridão para a Sua luz maravilhosa (1 Pe 1.15; 1 Ts 4.3,7-8). Temos de pôr de lado todos os artifícios, hipocrisia, invejas e falas maldosas (1 Pe 2.1-2). o mundo, com os seus vis estilos de vida e instituições, significa infidelidade espiritual para com o Senhor (Tg 4.4).

Devemos rejeitar o mundo e os seus princípios e regozijarmo-nos apenas na cruz de Jesus Cristo (Gl 6.14).

A regra para a vitória sôbre o pecado. A regra básica da vida do Cristão nêste mundo, é que êle deve manter-se fiel ao Senhor não peca.

O mundo, a pedra de tropêço. Comprometermo-nos com ndo. Se pecar, êle mancha espiritualmente a sua vida. Os pecados dos cristãos podem ser perdoados, mas devem de preferência ser evitados (1 Jo 2.1).

As obras como prova da fé. A submissão, na santificação, coloca a nossa mente na disposição correcta para produzirmos o fruto do Espírito Santo nas nossas vidas. Estas obras não são opções extra nas nossas vidas. Elas são sim, prova da nossa fé no Senhor Jesus e são essenciais (Tg 2.14-26).

Mais santidade. A santificação é um processo dinâmico, que necessita de crescer em intensidade e volume. Nós devemos crescer contìnuamente na graça e conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2 Pe 3.18), e portanto tambem, no aperfeiçoamento da nossa santidade.

O processo de santificação
Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”(Hb 12.14). O grande fato é que Ele nos criou para sermos como Ele é, como seu Filho é, como o Espírito Santo é, ou seja três vezes SANTO. À primeira vista, esta parece ser uma ordem impossível de cumprirmos, porque nos sentimos tão pecadores. Ou nos vem à mente a idéia errônea de que santos são umas poucas criaturas privilegiadas, com auréolas nas cabeças e que chegaram, no dizer católico, “à glória dos altares”(e pior ainda, passam a ser idolatradas).

A verdade bíblica é: desde que fomos comprados e lavados pelo sangue de Jesus e passamos a ser habitados e cheios do Espirito Santo, o próprio Deus nos chama de santos.

A palavra “santo” tem o primeiro sentido de separado para Deus. Ao nos lavar com o sangue de seu Filho Ele já nos purificou e santificou, no sentido de separar para Si mesmo seu povo escolhido. Agora, nós é que iremos cooperar com Ele para que este processo de santificação torne-se cada vez mais refinado. Assim, a santificação efetuada por Deus torna-se, ao mesmo tempo, um ato tremendo de Deus, e um processo em que cooperamos diariamente para tornar-nos cada dia mais semelhante a Jesus.


Vejamos, então, como podemos cooperar eficazmente com nosso Pai neste maravilhoso processo de santificação

1 – Vida de contemplação.

O Salmo 34.5 diz: “Contemplai-o e sereis iluminados.” E o Salmo 36.9 acrescenta: “Pois em ti está o manancial da vida, na tua luz vemos a luz.” Quando olhamos todos os dias para Ele nós nos agradamos dele, passamos a ter intimidade com Ele, passamos a gostar dele, a amá-lo, a adorá-lo cada vez mais. Nossa vida tem que ser um retiro o tempo todo.

A beleza de Jesus é pra ser contemplada diariamente. E lembre-se de contemplar Jesus também nos irmãos. “Se teus olhos forem bons todo o teu corpo será luminoso”(Mt 6.22).

2- Crescer na confiança que Ele te ama.

Ele te olha com amor todos os dias. O Salmo 34.15 diz que “Os olhos do Senhor repousam sobre os justos.” Deus é amor.

Ele nos ama tanto que deu Seu único Filho por nós (Rm 5.8). Qualquer pai, qualquer mãe seguramente se lembra quando contemplava amorosamente seu primeiro filhinho e se deleitava, às vezes, por longos minutos, nesta contemplação. Você sentia gozo, profunda alegria ao olhar com amor aquela criança. Assim Deus nos olha todos os dias.

Ele quer estar pertinho de ti a todo o momento. Nunca duvide do grande amor de Deus por você e vá crescendo nesta confiança a cada dia. Esta é uma coluna que não pode ser jamais tocada na vida de um cristão. Ele te acha interessante. Ele escolheu gostar de você. Ele é Deus! Primeiro nós O olhamos, depois, cremos que Ele nos olha.

3 – Provamos a bondade de Deus

O Salmo 34.8: “Provai e vede que o Senhor é bom”; Efésios 5.9 fala: “Porque o fruto da luz consiste em toda a bondade.” O retorno deste relacionamento é provar Seu cuidado, amparo, consolo, suprimento e o Seu amor em todos os aspectos.

Vamos vendo suas promessas cumprindo-se ao nosso redor. “Agrada-te do Senhor e Ele satisfará os desejos do teu coração”(Sl 37.4). Isso produz uma conquista em nós que redunda em gratidão, louvor e adoração. A partir daí você “se abre” mais para Deus. Ao contrário do filho perdido dentro da casa, você passa a entender que tudo o que o Pai tem é teu.

4 – Seu rosto desvenda-se para ti

É o que diz em 2 Coríntios 3.18: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando como por espelho a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.”

Vamos nos abrindo para a Ele e Ele vai nos mostrando o Seu rosto glorioso. Glória, entre outras coisas, quer dizer PRESENÇA de Deus. Tudo isto vai sucedendo em nossas vidas não por um código de leis, mas através de um íntimo relacionamento com Ele, pela fé tendo os nossos “ rostos desvendados”, entramos no processo de contrição, ou seja, passamos a nos ver em contraste com Cristo, a ver sua santa perfeição em contraste com o que ainda falta dele em nós. Enxergamos o nosso estado, os nossos pecados.

5 – Transformação

Devido a uma ação interior acontece uma mudança exterior. Transformar-se em quem? Nele mesmo, na sua própria imagem. Quem são os que mais vêem a Deus? Os anjos. E qual a característica, o adjetivo que eles mais destacam do que eles vêem em Deus? SANTO, SANTO, SANTO…! Is 6.1-4 e Ap 4.8 confirmam o dito. E o seu Espírito que Ele fez habitar em nós é o que? SANTO ! E nós devemos ser o que? SANTOS! “Sede vós também perfeitos como perfeito é o vosso Pai que está nos céus”(Mt 5.48).

A vida cristã consiste em transformação. Se não mudamos é porque estagnamos. “E vivereis em novidade de vida”(Rm 6.4). Rejeitemos o complexo do “eu sou assim, eu vivi assim, vou ser sempre assim”; esse tal não tem andado devidamente com Deus. “Anda na minha presença e sê perfeito”(Gn 17.1c). “Transformai-vos pela renovação da vossa mente”(Rm 12.2), Anda mais quem vê mais.

O tempo cronológico de um cristão não será medido pelos seus anos de batizado, e sim, o quanto ele esteve diante da presença do único Deus verdadeiro e de Jesus Cristo, o enviado do Pai.

6 – Mudança de mente

– A “metanóia”(mudança de mente) continua. Com toda uma nova realidade de visão e entendimento, o que muda? A mente O alvo de Deus na conversão é a mente. Na santificação não é diferente, continua com a mente. Romanos 12.1-3 fala em “culto racional”, ou seja, da razão, da mente, “…transformai-vos pela renovação da vossa mente…” Daí adquire-se uma nova consciência sensível. Houve uma mudança de visão e, conseqüentemente, , uma nova dimensão de fé! Assim decide-se, na caminhada pessoal, glorificá-lo com uma nova maneira de viver. Aleluia! Não sejamos apenas emotivos, estes se tornam como ondas do mar. E cuidemos para que não “sejam corrompidas as vossas mentes” como diz em 2 Coríntios 11.3.

Não é em vão que no sistema da besta, neste presente século, tudo é voltado para uma alienação mental através dos instrumentos da mídia onde se desenvolve uma mentalidade anti-Deus. O diabo é sujo e rasteiro, vem com “sapatinho de lã” Fujam da aparência do mal. Cuidado com a música rock. Jovens cristãos têm ficado perturbados por ela. A quem você vai preferir imitar: o cantor de rap ou o seu pastor? Vivamos a santidade com coerência. A vida cristã consiste em andar em novidade de vida. Os incrédulos têm que enxergar Jesus em você. Tenha hombridade para assumir sua fé. A graça de Deus é para os humildes. Não a profane sendo orgulhoso. O trabalho é do Espírito Santo em você, mas a decisão de cooperar com Ele é sua.

7 – Você deve perpetuar esta caminhada

Corresponda a Deus em tudo, em honestidade consigo mesmo. “Ta bom, Jesus, vou encarar.” E coopere com o Espírito Santo neste santo processo de extinguir as marcas do velho homem. Diga: Viva Jesus, já fui sepultado. Adeus eu, viva Ele. O Espírito Santo é o teu árbitro. Ele vai sinalizar, vai apitar quando houver faltas e vai governar tua vida (Colossenses 3.15 diz isto). Nunca se torne insensível a Ele, há o perigo da cauterização. Todas as coisas vão cooperar para o teu bem. Ele está nos polindo para a sua glória! Aqueles que incorporaram esta proposta estão de parabéns.

Com isto cresçamos na confiança da sua soberania. Soberano é aquele que está acima de todas as coisas. Nada acontece em vão. Deus faz com que todas as coisas cooperem para o nosso bem, segundo a vontade dele, ou seja, com o objetivo de sermos “conformes à imagem de seu Filho.”(Rm 8.29)

Fica implícito que, em cada um destes passos, existem práticas cotidianas que são indispensáveis: a leitura das Escrituras, a oração, o jejum, o profetizar, o tomar a cruz e o negar-se a si mesmo, o serviço de proclamadores ao mundo e a relação nas juntas de discipulado e companheirismo (“o crescimento que procede de Deus” – Cl 2.19).

Rm 5:6–11 “Desenvolvei a vossa santificação”. Hebreus 12:1 “Segui a paz com todos e a santificação sem a qual ninguém verá o Senhor”. A primeira ressurreição é para aqueles que cresceram na graça e no conhecimento do Senhor, daqueles que venceram aqueles que desenvolveram a santificação e irão reinar os mil anos com o Senhor. Nosso alvo é a estatura de varão perfeito. A obra de Jesus na cruz foi perfeita para apresentar ao Pai a igreja gloriosa, sem mancha, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito. Ef 5.25 – 27. Ela foi lavada (purificada) pela palavra de Deus.

Jesus vem buscar uma igreja santa, gloriosa, cheia de santidade da vida de Deus. O que Ele fez na cruz foi suficiente. Esse plano de salvação de Deus é eterno. Após o pecado Deus fez uma sentença, Gn 3.15. O descendente da mulher – Jesus. Deus providenciou a salvação para o homem. Ele já sabia que o homem ia pecar (é onisciente). Deus não fez o homem para pecar, mas Ele sabia que o homem ia pecar, por isso na eternidade, Deus providenciou a solução: JESUS, para a vida de todo homem.

Ef 1.3–7 as bênçãos de Deus estão em Cristo antes da fundação do mundo. Ap 13.8. “...aqueles cujos nomes não foram escritos na Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.Hb 4.3 “Nós, porém, que cremos, entramos no descanso, conforme Deus tem dito: Assim, jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso. Embora, certamente, as obras estivessem concluídas desde a fundação do mundo”.

Como enfrentarmos, então, essa luta com nossos pensamentos?

1) Reconhecer que refletem nosso coração, que é e continuará MUITO carente.

2) Identificar nossa necessidade de Cristo Jesus para transformar nossos pensamentos momento após momento. Temos que correr até a cruz, onde Cristo já pagou o preço de TODOS os nossos pecados. Sua graça nos motiva a agradá-lo, inclusive em nossos pensamentos (Hb 4.16).

3) Temos que "renovar a mente" como parte do processo de entregar nosso corpo (que inclui a mente) a Deus (Rm 12.1,2). Esse processo é contínuo, uma batalha travada por dentro, em que substituímos o que é mal pelo bom. Passos práticos de renovação da mente podem incluir: recitar textos bíblicos; orar; cantar; trocar o pensamento mal por outro objeto, etc. Quanto à repreensão verbal, tenho minhas dúvidas. Parece mais "feitiçaria" ou "mágica" do que um processo bíblico.

4) Precisamos tomar passos concretos para fugir do mal. Rm 13.14 ensina que não devemos alimentar a carne, ou seja, tomar providências para gratificá-la. Entendo que devemos lutar de forma prática para evitar tentações que alimentam a carne. Por exemplo, nós homens temos que fugir da imoralidade--evitando novelas, revistas, outdoor, etc. que provocam em nós pensamentos impuros. Esse passo é muito mais prático do que repreender em voz alta maus pensamentos, mas continuar voltando para as mesmas fontes que nos levam para o mal.

5) Mesmo quando falhamos, precisamos correr de volta para Cristo, confessar nosso pecado, e clamar a Ele por vitória.

6) Temos que continuar crescendo na graça e no conhecimento de Cristo e Sua verdade. Por isso, temos que re-programar nossa mente com a Palavra dEle, digerindo sempre o texto bíblico, para "re-fazer a cabeça".

Tenho grande dúvida se Satanás é a fonte dos nossos pensamentos maus. Não me lembro de um texto bíblico que ensina que Satanás tem acesso a meus pensamentos. Ele não é onisciente, como Deus. Esse é um grande engano na igreja de hoje.

Atribuímos poderes a Satanás que quase o colocam no nível de Deus. Ele certamente entende a natureza humana, e pode nos tentar usando métodos que sabe funcionam, mas dizer que ele é o responsável pelos meus pensamentos vai além das Escrituras, e acaba me aliviando da responsabilidade pessoal.

Acabo identificando o problema em alguém fora de mim, quando de fato o problema principal sou EU! Mas graças a Deus pela Sua graça que ainda nos aceita e perdoa. Essa é uma luta que todos nós travamos até a glória.

Que Deus nos ajude a vencer ao inimigo maior que é o nosso pensamento, o qual devemos conduzir cativo aos pés de Cristo Jesus o nosso Senhor. Amem!

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