terça-feira, 14 de março de 2023

Aprendendo a vencer as tentações

 Por: Jânio Santos de Oliveira

  Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra

 Pastor Presidente: Eliseu Cadena

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  Email ojaniosantosdeoliveira@gmai.com

 

Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!


  


Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no evangelho segundo Mateus 6.13 que nos diz:

 E não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal.


 Nossa realidade de pecado nos mostra que a tentação é inevitável. 

Até Jesus voltar, seremos sempre pecadores por natureza. Nessa realidade há duas fontes de tentação. A primeira é a nossa própria natureza. “Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. São estas coisas que contaminam o homem” (Mateus 15:19, 20). Naturalmente somos pecadores. As nossas ações são simplesmente um sintoma da doença que permeia o nosso corpo até o nível genético. Porém, a segunda fonte, que agrava essa situação, são as tentações que Satanás e seus agentes lançam contra nós. Jesus permaneceu “no deserto por quarenta dias, sendo tentado pelo diabo” (Lucas 4:1, 2). Paulo nos convida a vestir o “escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno” (Efésios 6:16). Satanás utiliza circunstâncias, pessoas, ocasiões e as nossas próprias fraquezas, e nos influencia, mesmo que não verbalmente, a nos afastar de Deus e pecar.

 

Por isso, a primeira coisa que precisamos entender é que a tentação é inevitável. Logo, não é pecado. Deus não vai condenar você por ser tentado. Você não precisa pedir perdão a Deus por ser tentado. Além disso, Deus não vai permitir que Satanás e seus anjos lancem sobre você tentação mais forte do que você possa aguentar. Isso é bíblico: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1 Co 10:13).

 

I.                   Definindo o que é tentação

A tentação constitui uma arma poderosa do nosso adversário.

 A tentação é um meio pelo qual Satanás procura instigar o homem ao pecado, seduzindo-o e induzindo-o a fazer o mal. A tentação aparece como isca, e vem acompanhada de laços (I Tm 6.9), pelos quais o inimigo desperta a carne do homem para obedecer ao príncipe das trevas (Ef 2.2-3).

A origem da tentação é sempre Satanás (Mc 1.13; I Co7.5), motivo porque o seu nome é também tentador  (2Ts 3.5).

Ele procura, com astúcia, apartar o homem de Deus (2 Co 11.3; Ef 6.11-12. É claro que Deus não pode ser a origem da tentação “porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta” (Tg 1.13). 1.3 Por que Deus não impede que a tentação venha? Deus criou o homem com livre arbítrio e não impede a tentação, porque por meio dela o homem pode provar que deseja obedecer a Deus de coração. A tentação revela o que está no coração do homem (Dt 8.2; II Cr 32.31). Quando o homem, na hora da tentação, invoca e aceita o socorro de Jesus (Hb 2.18; 4.16) é aperfeiçoado (Tg 1.2-4); fica mais capacitado a discernir entre o bem e o mal (Hb 5.14) e aprende a confiar mais em Deus (Sl. 30.7-12). Assim, se amarmos a Deus, a tentação contribui para o nosso bem (Rm 8.28).

 

II.                O Diabo tentou até o Senhor Jesus.

O próprio Jesus chegou a ser tentado pelo Diabo! Por que Jesus foi tentado?

 1.  Jesus foi tentado para provar que Ele, realmente, era um homem perfeito, sem pecado (Hb 4.15; II Co 5.21). Somente assim podia ser o Salvador da humanidade.

2.  Jesus foi tentado para poder ajudar os homens nas tentações (Hb 2.18; 4.16). Nas suas tentações, Jesus tornou-se um exemplo para nós (I Pe 2.21). Mostrou que a tentação em si não é pecado, pois embora tentado em tudo permaneceu sem pecado (Hb 4.15). Mostrou também que o aparecimento da tentação na vida do crente não é um sinal de ser ele um crente fraco, pois embora Jesus fosse perfeito, foi tentado. Mas teve vitória total sobre as tentações. Essa vitória mostra-nos o caminho para termos vitória sobre as tentações (I Co 10.13).

3.  As tentações que Jesus sofreu revelam a estratégia de Satanás:

a) Na primeira tentação, o inimigo procurou instigar Jesus a usar o poder que havia recebido para exercer o seu ministério, para seu próprio proveito. Jesus realmente possuía poder transformar as pedras em pão, porque mais tarde Ele multiplicou pães (Mt 14.13-21). Mas fez isso para glorificar seu Pai e para dar de comer a homens famintos. Na tentação recusou o uso do seu poder em benefício próprio. Ao refutar o Diabo, disse: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4.4). Essa “palavra da boca de Deus” é que faltava, e Jesus não queria fazer um milagre conforme a palavra do inimigo, mas somente conforme a vontade de seu Pai (Jo 5.19,30). Ele não aceitou receber sugestão de Satanás. Por isso venceu.

 b) Na segunda tentação, Satanás propôs que Jesus se lançasse do pináculo para onde Ele havia sido levado (Mt 4.5-7). Satanás tentou Jesus a assumir os riscos e mostrar-se corajoso, saltando de grande altura. Jesus rejeitou a proposta, porque não queria obedecer a Satanás. A fim de tirar qualquer dúvida, em torno da sua proposta, Satanás citou uma palavra das Escrituras que falava da proteção divina (Sl 91.11-12; Mt 4.4-6). Porém, nesta citação, Satanás omitiu a parte que fala da promessa de Deus de guardar o Filho “em todos os teus caminhos” (Sl 91.11). Jesus sabia que a promessa de Deus não era para tentar a Deus, mas para proteção nos caminhos traçados por Deus.

c) Na última tentação, Satanás foi ainda mais atrevido. Mostrou a Jesus num só momento, todos os reinos do mundo e a glória deles e disse-lhe: “Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares!” (Mt 4.8-9). De que maneira Satanás conseguiu mostrar isso a Jesus a Bíblia não revela, porém o Diabo prometeu o que não lhe pertencia. A Bíblia diz: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude” (Sl 24.1). Satanás não possui nada. Ele somente usurpou o poder que exerce (I Jo 5.19). Ademais, a glória que ele prometeu é por demais passageira (I Pe 1.24; Dn 4.30). Jesus rejeitou o domínio e o poder oferecidos por Satanás, porque Ele não queria nenhuma autoridade que não fosse de Deus. Ele não quis uma coroa sem cruz, por isso escolheu o caminho da cruz e a coroa de espinhos, para por ela ganhar para nós uma coroa de justiça (2Tm 4.8). Finalmente Jesus disse a Satanás: “Vai- te, Satanás, e ele o deixou! ”(Mt 4.10-11).

A Bíblia diz: “Resisti ao diabo e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).

 

III.             Como age a organização satânica.

 

Satanás, para afirmar o seu reinado mal, tem como finalidade a luta contra Deus e contra as criaturas de Deus. Ele procura em tudo imitar o que é de Deus, e para isso organizou os anjos 18 caídos que o acompanharam em ordem hierárquica, da mesma maneira que os anjos celestes estão organizados.

1.    Satanás se Fez Príncipe do Seu Reino (Mt 12.26).

Satanás, antes de ser expulso do Céu, era um querubim da guarda ungido sobre a terra (Ez 28.14), pois habitava no Éden, queria continuar com domínio sobre o mundo, e foi chamado “príncipe deste mundo” (Jo 14.30; 16.11). Ele queria ser semelhante ao Altíssimo (Is 14.14), é chamado o “deus deste século” (2 Co 4.4), é o “príncipe dos demônios” (Mt 12.24) e “das potestades do ar” (Ef 2.2), tem o seu quartel general nos lugares celestiais (Ef 2.2) de onde pode atingir o mundo todo (Jo 1.7).

 

2.    Os demônios estão organizados militarmente.

 

 a. Alguns demônios são chefes de grandes regiões, ou de países, por isso são chamados como tendo autoridade sobre esses lugares. Em Dn 10.13 e 10.21, chamam-se “o príncipe da Pérsia” e “o príncipe da Grécia”. Certamente o diabo tem encarregado demônios graduados de liderar as forças más em cada país, ou região. São os tais que em Ef 6.12 são chamados principados.

b. Os demônios estão organizados em hostes espirituais da maldade (Ef 6.12) e em legiões de demônios (Mt 5.9,15). Estas formações têm como seus chefes os “príncipes das trevas” (Ef 6.10-12).

c) Na luta final, no tempo da Grande Tribulação, Satanás tentará imitar a Santíssima Trindade fazendo a sua própria trindade, da qual ele mesmo é a Besta, o Anticristo e o Falso Profeta (Ap 13.2-13), mas aí já estará próximo o fim de seu reinado.

 

IV. Os métodos das potestades do mal.

 

 Falando a respeito do nosso inimigo Satanás, a Bíblia diz: “Não ignoramos os seus ardis” (2 Co 2.11). Vejamos agora alguns dos métodos do nosso inimigo, na sua luta contra Deus e contra a humanidade.

1.    Satanás ataca com violência no combate.

 Desde que Caim matou Abel, porque este era justo (l Jo 3.12), Satanás tem, em todo o tempo, usado como arma a violência: perseguições, prisões e mortes. O sangue dos mártires tem jorrado até mesmo em nome da religião. Satanás inspirou a “Santa” Inquisição na Espanha, na França e em outros países, e ela matou multidões de crentes. Sobre tudo isso disse Jesus: “Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10).

2.    Satanás usa o engano e o laço maligno.

 Como Armas A Bíblia fala dos que caem em laços do Diabo (Sl 124.7 e 91.3; I Tm 3.7; 6.9; 2 Tm 2.26). Às vezes o inimigo apresenta falsas aparências para enganar (Gl 1.8). Uma das suas armas é procurar que o crente faça acordo com as trevas (II Co 6.14-16); por meio de falsas promessas (2 Pe 2-19) procura enganar os símplices e para isso cega a vista (2 Co 4.3-4).

 

3.    O Inimigo usa como arma as seduções e tentações.

 Satanás procurou despertar Adão e Eva para a mesma tentação que o havia derrubado do Céu, isto é, a vontade de ser igual a Deus (Is 14.14; Gn 3.5). Ele procurou derrubar o próprio Jesus pela tentação, porém Jesus venceu (Mt 4.1-11). Assim todos são tentados (l Jo 2.15-16). Ananias e Safira foram tentados (At 5.3) e caíram.

 

IV.             Imitação, mais uma arma o inimigo usa.

 Sempre que Deus opera, o inimigo se faz presente. Por meio de imitações ele quer desfazer a força sobrenatural do Todo-poderoso e por em dúvida a operação de Deus. Assim ele fez diante de Faraó, quando Moisés estava operando milagres em nome de Deus (Êx 7.17; 8.18; 9.11; 2Tm 3.8), mas quando o poder de Deus se tornou pleno, essas tentativas foram desfeitas (Êx 7.12; 8.19). Do mesmo modo como Satanás enganou Eva através da serpente (I Tm 2.14), simulando conhecimento da palavra de Deus, dizendo: “É assim que Deus disse? ” E “certamente não morrerás. ” Assim ele continua agindo ainda hoje. Satanás põe cartola de teólogo e “ensina” que a Bíblia não é a Palavra de Deus e que Jesus não é o Filho de Deus. Ele vem como um vendedor ambulante nas portas das casas, dizendo que não existe nem ressurreição nem castigo eterno. São os modernistas, os russelitas, os mórmons, os espíritas e muitos outros que Satanás usa para imitar a mensagem da Bíblia, com o fito de enganar as almas que não sabem distinguir o falso do verdadeiro. Milhões de pessoas estão sendo enganadas por meio de doutrinas pagãs. O inimigo procura também introduzir imitações até no uso dos dons espirituais. Se alguém não dá glória a Deus quando é usado, o inimigo procura logo seduzir um “profeta” para o uso indevido da profecia, do dom de línguas com interpretação. E, desta maneira, surgem falsos profetas (Mt 24.24). O inimigo introduz também falsos milagres (At 2.24; 2Ts 2.10), bem como o espírito de adivinhação (Ez 13.6), de falsidade (Mq 2.11), de impureza (Zc 13.2), e de mentira (I Rs 22.22), tudo isso para enganar o povo e pôr em descrédito a manifestação do Espírito Santo.

 

V.               A vitória de Jesus sobre Satanás.

 

Deus prometeu isso no dia da queda, no Éden (Gn 3.15) e a promessa se cumpriu “na consumação dos tempos [quando], Deus enviou seu Filho, nascido de mulher” (G1 4.4), para “desfazer as obras do Diabo” (l Jo 3.8). Jesus venceu o Diabo definitivamente quando na cruz exclamou: “Está consumado” (Jo 19.30). Nesse momento Jesus “despojou os principados e potestades e deles triunfou em si mesmo” (Cl 2.15); e “vencendo-o, tirou-lhe toda a armadura” (Lc 11.21-22). Com a autoridade da Cruz, Jesus proclamou liberdade para todos os cativos (Lc 4.18-20) pois pela sua morte “ele repartirá o despojo” (Is 53.12). Todo aquele que crê em Jesus e no poder do seu sangue é justificado (Rm 3.24-25) e libertado do poder de Satanás (Hb 2.14- 15; At 26.18; 2Tm 2.26; Cl 1.13) e do mundo (Jo 15.19). Satanás foi vencido por Jesus e dominado debaixo dos pés de Cristo (I Co 15.25) e a vitória do Filho de Deus é a nossa própria vitória (I Co 15.5-7).

 

VI.             Em Cristo somos mais que vencedores.

 

Jesus está no crente (Cl 1.27) e é maior do que o inimigo (I Jo 4.4). Ele nos prometeu o Espírito Santo que dá poder (At 1.8) e fortalecidos no Senhor recebemos a armadura completa (Ef 6.10- 17), pela qual podemos resistir ao Diabo (Tg 4.7; Ef 4.27; IPe 5.8,9; Ap 12.10-11).

 

VII.          Em breve Jesus esmagará a Satanás debaixo dos nossos pés.

 

Quando Jesus vier em glória (Rm 16.20; Ap 19.11-16), Satanás será preso e amarrado por mil anos (Ap 20.1-3). Depois será solto por um pouco de tempo e logo continuará fazendo aquilo que é próprio dele, enganar os homens, que em grande número o seguirão e se ajuntarão na batalha 20 contra Deus (Ap 19.7-8). Deus, porém, não esperará mais e mandará o fogo do Céu devorar Satanás e as suas hostes. Então, Satanás será lançado no inferno para todo o sempre (Ap 20.9- 10), ficando totalmente esmagado debaixo dos pés do seu vencedor (Rm 16.20). Todos os demônios serão julgados e lançados no Lago de Fogo, que foi feito para o Diabo e os seus anjos (Mt 25.45). A vitória encherá os céus com júbilo, e por toda a eternidade se ouvirá o “Aleluia!” ao Cordeiro, que nos comprou pelo seu sangue. Amém.

 

VIII.       Como obter a vitória sobre as tentações.

 

A Bíblia mostra que o crente tem possibilidade de vencer. Quando Jesus escreveu às sete igrejas na Ásia Menor, citou a cada uma delas a palavra: “Àquele que vencer” (Ap 2.7,11). Apocalipse 21.7 diz: “Quem vencer herdará todas as coisas”. Assim “em todas estas coisas somos mais do que vencedores por aquele que nos amou!” (Rm 8.37). Vejamos as condições para o caminho da vitória:

1.     vigiando e orando.

A Bíblia diz: “Bem-aventurado aquele que vigia e guarda os seus vestidos para que não ande nu” (Ap 16.15). Embora sejamos salvos e tenhamos colocado os nossos pés sobre a Rocha (Sl 40.2; Mt 27.24-26), devemos sentir a nossa inteira dependência de Deus e pedir: “Guardam-me continuamente a tua benignidade e a tua verdade” (Sl 40.11). Precisamos vigiar e orar (Mt 13.33; Ef 6.18; I Pe 4.7), em todo o tempo (Lc 21.36), diante dos ataques constantes do Diabo (I Pe 5.8). Nosso espírito está pronto e a nossa carne é fraca (Mt 26.41), mas Jesus prometeu que se o pai da família vigiar por causa do ladrão, a sua casa não ficará minada (Mt 24.43). Deus ajuda aquele que vigia.

 

2.    Permanecendo no Senhor (At 11.23).

Um propósito firme gera firmeza de coração, a qual proporciona poder sobre a vontade própria (I Co 7.37). Foi com esse propósito que Daniel ficou firme e fiel a Deus no palácio da Babilônia (Dn 1.8). Foi também com esse propósito que Rute decidiu não se afastar da sua sogra Noemi, quando esta pretendia voltar para a terra prometida (Rt 1.16-18). Este propósito firme não significa que o crente tem de lutar com o seu próprio poder.

A Bíblia diz que “Deus cumpre com poder todo o propósito de bondade e obra da fé” (2Ts 1.11). Deus que opera o querer, também opera o efetuar, (Fp 2.13). É Ele que nos aperfeiçoa para fazer a sua vontade, operando em nós o que lhe é agradável (Hb 13.21).

Desta maneira o crente se torna forte para resistir ao Diabo (Tg 4.7), que assim fugirá. O crente recebe força de Deus para se enfrear (Sl 39.1) e fugir do mal (I Tm 6.11; 2Tm 2.22), assim se conservará no caminho do Senhor (I Jo 5.18).

 

3.    Mantendo o mal à distância.

 

 A Bíblia diz: “O que guarda a sua alma, retira-se para longe (do caminho perverso)” (Pv 22.5); “Não se aproxime da porta da sua casa (do pecado)” (Pv 5.8); “passa ao largo dela” (Pv 4.14-15; Sl 119.101), pois aquele que passa “pela rua, perto da sua esquina” (Pv 7.8) se põe em perigo. Quando Pedro seguiu de longe, pôs-se em perigo (Lc 22.54-55). Por isso é que devemos seguir ao Senhor de perto (Sl 63.8). O crente deve também evitar a companhia daqueles que dão mau exemplo (I Co 15.33; Pv 22.24; 20.19; Sl 1.1; Js 23.12-13), e não se impressionar com a maioria, para fazer o mal (Êx 23.2), errando com os que erram (Ez 44.10). A Bíblia diz: “O alto caminho é desviar-se do mal” (Pv 16.17). 21 9.

 

4.Aceitando o socorro que jesus nos oferece (Hb 2.18).

 

Vejamos algumas maneiras pelas quais Jesus deseja nos dar a vitória:

a. Em primeiro lugar Jesus ofereceu a si mesmo para nos ajudar. Ele disse: “Eis que estou convosco todos os dias” (Mt 28.20). A Bíblia diz: “O teu cuidado guardou o meu espírito” (Jó 10.12). Todo aquele que crê no Filho de Deus, vence o mundo” (I Jo 5.4-5). Pelo sangue de Jesus podemos ser vencedores (Ap 12.11). Se o crente for vencido pela tentação, e buscar a ajuda de Jesus, Ele vem ao encontro do crente vencido e o ajuda a reabilitar-se.

b. Jesus também quer ajudar-nos a usar uma poderosa arma que temos: a Palavra de Deus. Foi essa arma que Ele usou contra o tentador: “Vai-te Satanás, porque está escrito” (Mt 4.10). Também poderemos vencer pela Palavra de Deus! (Sl 119.11,101; 17.4; I Jo 2.14). Usemos, pois, a poderosa Palavra (Hb 4.12) que é uma espada aguda (Ef 6.17), é a vitória, é a nossa esperança.

c. Jesus ainda prometeu nos dar o Consolador para nos ajudar (Jo 14.26; Rm 8.26). Pelo poder do Espírito Santo, podemos obter a vitória sobre a carne (Gl 5.16), e nos fortificar contra as hostes da maldade (Ef 6.10-12). Aquele que está cheio do Espírito Santo pode vencer os dias maus (Ef 5.16-18). Pela unção, podemos ter vitória sobre o espírito do Anticristo (I Jo 2.18-20).

d. Todos estes meios que Jesus nos oferece, pelos quais deseja nos dar vitória, tornam-se poderosos e eficientes na vida do crente que vive em oração. Jesus vinculou o poder para ter a vitória sobre a carne: a oração. Ele disse: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” (Mt 26.41). O salmista registrou a sua experiência nesse sentido: “Invocarei o nome do Senhor e ficarei livre dos meus inimigos” (Sl 18.3).

Então, quando a tentação vier, seja por influência de Satanás ou pela lei do pecado na sua própria carne, faça isso:

 1. Ore a Deus no exato momento e abra o jogo com Ele. Peça o auxílio divino.

 2. Não alimente o desejo pecaminoso que vier à sua mente.

 3. Afaste-se da tentação o mais rápido possível.

 4. Já que você se afastou, permita que o Espírito Santo continue lhe guiando no sentido oposto à tentação.

 “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7). Essa era a mesma estratégia de Cristo Jesus. Ele já garantiu a vitória. Nós precisamos nos apossar dela pela fé. “Ninguém tem necessidade de se abandonar ao desânimo e desespero. Satanás poderá achegar-se a vós com a cruel sugestão: ‘Teu caso é desesperado. És irremissível.’ Mas há para nós esperança em Cristo. Deus não nos manda vencer em nossas próprias forças. Pede-nos que nos acheguemos bem estreitamente a Ele. Sejam quais forem as dificuldades sob que labutemos, que nos façam vergar o corpo e a alma, Ele está à espera de nos libertar.”


Que Deus nos ajude e nos guarde na hora da tentação.