sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Aprendendo a usar as armaduras de Deus

  


     Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra
Pastor Presidente: Eliseu Cadena


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Meus amados e queridos irmãos em cristo Jesus, a PAZ DO SENHOR! 

 




Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no texto de Efésios 6. 10-18 
 que nos diz: 



10 No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.

 

11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.

 12 Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.

 13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.

 14 Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça;

 15 E calçados os pés na preparação do evangelho da paz;

 16 Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.

 17 Tomai também o capacete da salvação


A nossa vida é uma batalha constante, no trabalho, na escola, na rua, em casa, na igreja, enfim, sempre temos que lutar para sobreviver neste mundo tão cruel. Assim como os soldados tem que estar preparados para as guerras, com armas de última geração. Assim como o Exército tem suas armas para pelejar, nós os servos de Deus também temos as nossas para lutamos.

Neste estudo bíblico nós vamos detalhar o que precisamos fazer para sermos vencedores nas diversas batalhas espirituais da vida.


 I. Aprendendo a combater na batalha espiritual

Depois que estivermos completamente revestidos da armadura de Deus, não podemos esquecer de manter e desenvolver o nosso relacionamento com o Senhor. Isso nós fazemos por meio da oração (Ef 6:18).


De acordo com o apóstolo Paulo, em todas as ocasiões. A oração nos mantém conectados com o nosso Deus, e podemos nos comunicar com Ele em qualquer lugar.

 

1. Existe mesmo um mundo espiritual?

 

Claro que sim, a vida não é definida só pelo que é material e podemos ver ou tocar. O mundo físico, onde vivemos, é caracterizado por quatro dimensões – altura, largura, comprimento e tempo – sendo regulado por leis naturais como a gravidade, termodinâmica e outras. Já o mundo espiritual é uma realidade paralela a essa, tão real quanto a primeira, embora regida por regras diferentes. No meu livro, O Bom Combate, explico melhor a diferença entre esses dois mundos, que estão intimamente conectados, e a importância da dimensão espiritual.

 

O essencial é saber que tudo que acontece em um deles interfere no outro. Alguns exemplos disso estão claramente descritos na Bíblia como, por exemplo, quando um anjo do Senhor veio à Terra, anunciou o nascimento de Jesus e Maria concebeu um filho do Espírito Santo. Em outro texto, vemos que certa vez um anjo soltou o apóstolo Pedro da prisão quando ele foi preso por estar pregando o evangelho. As duas realidades são lados diferentes de uma só moeda.

 

2. O que vem a ser batalha espiritual?

 

Trata-se do embate entre o bem e o mal. A Bíblia ressalta essa realidade mostrando que existem dois pólos que se contrapõem. Podemos tomar como exemplo o Reino da Luz e o Império das Trevas. Jesus se declarou como sendo “a luz do mundo”, ele comanda o Reino da Luz. Já Satanás é chamado de “o príncipe das trevas”. Outro exemplo: Jesus é chamado de “verdade” enquanto Satanás é chamado de “Pai da Mentira”. Essa batalha entre opostos é real e somos afetados por ela o tempo inteiro.

 

Uma das minhas intenções ao escrever o livro é ensinar isso às pessoas de maneira didática e compreensível. Nessa batalha, perdemos muito por não sabermos o que fazer ou como nos posicionar. Entender como devemos combater o bom combate, escolhendo o lado certo da guerra, é uma forma de proteção que pode e vai nos livrar de muito mal e sofrimento.

 

3. Como identificar o bom combate?

 

Todos enfrentamos dificuldades em diversas áreas, seja física, familiar, profissional, etc. Precisamos entender a origem delas, as verdadeiras raízes, caso contrário lutaremos contra as causas erradas e nunca resolveremos os problemas.

 

Profissionais da saúde (médicos, psicólogos, psiquiatras) têm a experiência de tratar pacientes e chegar a um limite no qual o tratamento torna-se apenas um paliativo ou simplesmente não é bem-sucedido. Alguns deles percebem que existe algo mais que vai além dos seus conhecimentos técnicos. Muitas vezes, a origem das nossas questões encontra-se no mundo espiritual e devem ser combatidas lá. Esse é o bom combate, é uma luta eficaz contra o verdadeiro inimigo.

 

4. Como nos preparar para o enfrentamento?

 

A condição indispensável para enfrentar e vencer essa batalha é estar do lado de Jesus. Veja que não é apenas se declarar cristão. Muitos assim o fazem, mas nem conhecem a Jesus e aquilo que ele fez por nós. Se cremos que Jesus está vivo, podemos e devemos nos relacionar com ele. Essa é a essência do cristianismo. Precisamos estar aliançados com Cristo.

 

Estar ao lado de Jesus nos garante a vitória, pois a Bíblia afirma que, ao morrer na cruz e derramar seu sangue, ele não só perdoou os nossos pecados, mas também triunfou sobre Satanás e seu exército. Jesus venceu e nós vencemos com ele. Além disso, ele disponibilizou recursos extraordinários (a oração é um deles) que garantem a nossa vitória, no livro falo sobre esses recursos e também detalho a forma correta de usá-los.



5. Como Vestir a Armadura de Deus?

O apóstolo nos responde: “Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos”! As palavras que saltam aí são: “oração”, “súplica”, “em todo tempo”, “no Espírito”, “vigiando”, “toda perseverança”, “por todos os santos”.

A armadura de Deus nos ajuda a resistir as aflições do dia mau (Efésios 6:13). “Mau” aqui é poneros no grego, e significa: cheio de labores, aborrecimentos, fadigas, pressionado e atormentado pelos labores, que traz trabalho árduo, aborrecimentos perigos.

Como demonstrar a importância da palavra de Deus a cristãos convertidos dentre os gentios que tinham pouco contato com as Escrituras? Como falar da lei, dos juízes, dos profetas, dos salmos, dos provérbios, se as Escrituras estavam sendo apresentada aos poucos aos convertidos dentre os gentios?

 

Ciente da necessidade de os cristãos se inteirarem da palavra de Deus e da dificuldade de apresentar aos gentios um estudo das Escrituras, o apóstolo Paulo ao escrever aos cristãos em Éfeso utiliza figuras, sendo uma delas a relação comparativa entre a palavra de Deus e as partes que compunham uma armadura.

 

Comparando a carta de Paulo aos Efésios com outras epístolas de sua autoria, verifica-se que a carta aos Efésios é a que menos contém citações do Antigo Testamento, porém, apresenta um número maior de figuras, muito eficiente na didática da Palavra de Deus. Dentre as figuras apresentadas na carta aos Efésios (o corpo, a família, o edifício.), abordaremos como tema do nosso estudo a armadura de Deus.

 

O apóstolo Paulo recomenda aos cristãos de Éfeso que se fortalecessem no Senhor e na força do seu poder. Como se fortalecer no Senhor? Qual a força do poder de Deus?

 

A Bíblia demonstra que o evangelho é o poder de Deus para salvação ( Rm 1:16 ; 1Co 1:18 ), visto que Cristo é poderoso para salvar “QUEM é este, que vem de Edom, de Bozra, com vestes tintas; este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com a sua grande força? Eu, que falo em justiça, poderoso para salvar” ( Is 63:1 ). Cristo é a força do Senhor, visto que Ele é o Verbo que se fez carne, a destra do Altíssimo, o braço do Senhor ( Ne 8:10 ; Is 48:13 ).

 

Para se fortalecer no Senhor basta confiar (esperar) n’Ele, pois o salmista diz: “Esforçai-vos, e ele fortalecerá o vosso coração, vós todos que esperais no SENHOR” ( Sl 31:24 ). Fortalecer no Senhor é um modo diferente de recomendar aos cristãos que descansem em Deus, ou seja, que confiem n’Ele.

 

A confiança do cristão decorre das promessas de Deus, e para se inteirar das Suas promessas se faz necessário meditar na palavra de Deus de dia e de noite. Este deve ser o deleite do crente, pois a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus ( Rm 10:17 ).

 

A confiança deriva da palavra de Deus somente, o que exclui as vãs filosofias, que são produtos de mentes carnais que buscam satisfazer somente as suas concupiscências.

 

Para se fortalecer no Senhor e na força do seu poder, basta descansar nas promessas contidas nas Escrituras, que é poder de Deus, uma vez que a palavra do Senhor é Cristo encarnado, o braço do Senhor desnudado perante as nações. Os que professam o seu nome estão assentados nas regiões celestiais, e, portanto, são cingidos de força “Deus é o que me cinge de força e aperfeiçoa o meu caminho” ( Sl 18:32 ; Is 59:16 ).

 

 “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes”

 

Através de uma ordem imperativa o apóstolo Paulo demonstra uma necessidade que é própria a cristãos: revestirem-se da armadura de Deus. Por que o cristão necessita revestir-se de toda a armadura de Deus? Porque somente quando revestido da armadura de Deus o cristão é capaz de discernir as astutas ciladas do diabo, defender-se dos dardos inflamados do maligno. O cristão que se reveste da armadura não se demoverá do evangelho, e não será enlaçado nas astutas ciladas do diabo.

 

O apóstolo Paulo compreendia como o diabo atua “Porque não ignoramos os seus ardis” ( 2Co 2:11 ), e para não acusá-los de ignorância, utiliza o pronome na terceira pessoa do plural (ignoramos). Há um alerta quanto ao perigo contido nas ciladas do maligno, pois além da cilada ser algo por natureza dissimulado também é nomeada de astuta, por causa da antiga serpente “E TAMBÉM houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição” ( 2Pe 2:1 ).

 

Como o diabo atua? Utilizando ciladas astutas, ou seja, encobertamente (cilada) ele aproxima-se daquele que quer enganar (astucia). Em que consiste as ciladas do diabo? Consiste em transtornar a mensagem do evangelho ( At 15:24 ; Gl 1:7 e Tt 1:11 ).

 

Ao observar as Escrituras, verifica-se que desde o Éden a ação de Satanás é introduzir mentiras para transtornar a verdade da palavra de Deus. A astúcia de Satanás é tamanha que com uma pergunta, aparentemente simples, semeou a incredulidade no coração de Eva: “Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?” ( Gn 3:1 ).

 

A pergunta que Satanás formulou era uma armadilha engendrada com astucia. Enquanto Deus apresentou plena liberdade ao homem, Satanás evidenciou uma proibição sórdida “E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente…” ( Gn 2:16 ).

 

A cilada de Satanás é astuta porque aproveita a falta de compreensão da palavra da verdade e as propensões emocionais do homem para introduzir encobertamente palavras de engano “Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis” ( Gn 3:4 ). Geralmente o homem demonstra ser zeloso “… não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais” ( Gn 3:3 ), porém deixa-se guiar pela aparência, pelas sensações e pelas emoções, “E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela” ( Gn 3:6 ), mas é negligente quanto à palavra que lhe preserva a vida “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” ( Gn 2:17 ).

 

Com Cristo tal cilada astuta não funcionou, pois quando o diabo perguntou: “Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães” ( Mt 4:3 ), Cristo respondeu segundo a sua essência: “Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” ( Mt 4:4 ).

 

Diante da necessidade física do Messias, o diabo trouxe à baila a ideia de que Cristo possuía o poder necessário para saciar a sua própria fome, porém, a proposta da pergunta era semear dúvida (Se tu és), e se Cristo se propusesse a provar que era o Filho de Deus sinalizaria incerteza. A astúcia é tamanha, pois todas as Escrituras apontavam para Cristo como autor e consumador da fé, o enviado de Deus “Confiou no Senhor, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer” ( Sl 22:8 ; Mt 22:8 ).

 

Astuciosamente antiga serpente intentou fazer com que o último Adão, que é Cristo, incorresse no mesmo erro do primeiro Adão: não confiar na palavra do Pai.

 

A fome de Jesus após o jejum foi utilizada como meio de esconder a capciosidade contida na pergunta, uma vez que apresenta o poder de Cristo (palavra) como meio de subsistência física, porém, Jesus demonstra que a palavra de Deus (o poder de Cristo) é para conceder vida (novo nascimento) ao homem, e não para prover-lhe sustento físico. Caso Jesus transformasse as pedras em pães haveria uma contradição, pois o homem deve comer do suor do seu rosto, e não da palavra de Deus ( Dt 8:3 compare com Gn 3:19 ).

 

Deus deixou o povo de Israel passar fome quarenta anos no deserto para que o povo entendesse que não é de pão que vive o homem, mas da palavra que sai da boca de Deus ( Dt 8:3 ). Em quarenta dias jejuando Jesus demonstrou que compreendeu a lição do Pai, pois diante da fome soube distinguir que o homem comerá do suor do seu rosto, e que para ter vida depende da palavra de Deus ( Mt 4:4 ).

 

Satanás sabia que havia em Cristo a disposição interna em realizar a vontade de Deus ( Jo 6:38 ). Diante deste anseio o diabo apresenta a proteção divina que estava prevista nas Escrituras para o Messias como meio de fazer com que Cristo tentasse a Deus. Embora sendo Filho, o Messias não poderia por Deus à prova para ter certeza da sua filiação. A maior prova de que o homem é um dos filhos de Deus não está na proteção diária, antes está em se obedecer a palavra de Deus.

 

Como as propostas das duas perguntas não demoveram o Messias de sua confiança, Satanás propõe dar a Cristo o que foi prometido pelo Pai. O Pai havia prometido ao Filho que lhe daria todas as nações por herança e os confins da terra por possessão ( Sl 2:8 ), e Satanás propõe agilizar este processo. Ele propõe entregar sem lutar o seu reino a Cristo com uma única condição: se ele o adorasse, ou pedisse.

 

Se Cristo pedisse a Satanás o reino que estava sendo mostrado, estaria rendendo adoração ao inimigo, pois o Pai disse: “Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão” ( Gn 2:8 ). Cristo rejeitou a proposta satânica e conquistou todas as coisas na cruz, e o Pai lhe concedeu um nome que é sobre todos os nomes como havia prometido ( Cl 2:15 ).

 

O diabo não teve qualquer chance diante de Cristo, o Verbo de Deus encarnado, a armadura de Deus. Diante dos dardos inflamados do inimigo, Jesus utilizou a sua palavra como escudo e broquel ( Sl 91:4 ).

 

Ciente dos riscos que rondava os Cristãos o apóstolo Paulo expressa o seu maior temor: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo” ( 2Co 11:3 ).

 

A ação primária do diabo é manter o homem na ignorância acerca do poder contido na palavra de Deus. Somente a ignorância mantém o homem longe de Deus, uma vez que Deus já providenciou salvação poderosa para todos os homens desde a casa de Davi “Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração” ( Ef 4:18 ).

 

O tempo em que o homem permanece separado de Deus é descrito como sendo o tempo da ignorância (At 17:30; 1Pe 1:14 ). Por possuir o entendimento entenebrecido, se mantém separado de Deus por ignorar a salvação que é ofertada em Cristo.

 

Quando na ignorância, o homem desregrado, entende não ser merecedor da graça divina. Outros, envoltos na mesma ignorância aplicam-se a religiosidade, a moral, a lei, a filosofia, ao ascetismo, ao sacrifício, ao ritualismo., pois entendem que deste modo se achegarão a Deus. Em ambos os casos, os entenebrecidos no entendimento permanecem separados de Deus pela dureza do seu coração.

 

Embora o homem permaneça nas trevas por rejeitar a luz, não significa que a palavra de Deus haja falhado. A graça de Deus manifestou-se a todos os homens na pessoa de Jesus Cristo conforme Ele predisse na Sagrada Escritura, porém, diante do amor e da fidelidade de Deus muitos preferem as trevas e não vem para luz ( Jo 3:20 ).

 

O cristão não deve lutar contra a carne e o sangue, ou seja, a luta do cristão não é contra pessoas por causa de origem, nacionalidade, condição social, religião, etc. A luta, a batalha travada é contra Satanás e suas hordas. Por quê? Porque seria contraproducente lutar contra os homens, uma vez que Deus amou o mundo de maneira tal que entregou o seu Filho para salvar os que se perderam, pois todos os homens ao nascerem entram por Adão, a porta larga, e passam a trilhar um caminho largo que os conduz a perdição.

 

Judas sabia contra o que estava lutando, pois desejou fazer um tratado acerca do embate que estava travado “Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo” ( Jd 1:3 -4).

 

A desobediência de Adão tornou a humanidade culpável diante de Deus. Nada que façam podem livrá-los do juízo e da condenação imposta sobre a humanidade. O diabo sabe disto e promove inúmeras distrações para que o homem permaneça longe da verdade do evangelho, que é poder de Deus para os que creem.

 

Qual a base de operação do diabo? Os lugares celestiais! Como? Ora, os cristãos estão assentados por Cristo nos lugares celestiais, e como o mundo jaz no maligno (pertence a ele por causa da morte, da lei e do pecado), a ação do inimigo é atuar entre os cristãos semeando o joio.

 

Heresias, tradições, filosofias, legalismo, moralismo, ritualismo, sacrifícios, genealogias, rudimentos da lei, etc., são ações do diabo para arrebatar a semente que foi lançada no coração dos homens que estão nos lugares celestiais em Cristo Jesus “E ele, respondendo, disse-lhes: O que semeia a boa semente é o Filho do homem; O campo é o mundo; e a boa semente são os filhos do reino; e o joio são os filhos do maligno; O inimigo, que o semeou, é o diabo” ( Mt 13:37 -39).

 

Geralmente as pessoas imaginam que o diabo luta utilizando luxúria, pornografia, roubo, furto, mentira, raiva, ódio, etc., para derrotar os homens. Isto porque desconhecem que todos os homens pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Estão mortos e jazem no maligno. Por Adão o juízo de Deus já foi estabelecido e a condenação também ( Rm 5:18 ).

 

As práticas do homem não são a causa de condenação, antes somente aumentam a medida da ira de Deus que será derramada sobre eles “Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus” ( Rm 2:5 ).

 

Muitos tentam visualizar as armas empregadas na guerra entre o reino da luz o reino das trevas como se fossem espadas, pois lembram a passagem bíblica onde o apóstolo Paulo compara a palavra de Deus a uma espada de dois gumes, porém, as armas dos dois reinos resumem-se em sementes. São três tipos de semente:

 

A semente corruptível, que é o nascimento segundo a carne de Adão;

A semente incorruptível, que é a palavra de Deus, que produz filhos para Deus segundo o último Adão, homens espirituais, e;

A semente do joio, que é a semente do maligno.

Quando nascem, os homens são pecadores por natureza, pois foram formados em iniquidade e concebidos em pecado. Com relação a estes que desviaram desde a madre, basta ao diabo mantê-los na ignorância, entenebrecidos no entendimento, segundo a dureza dos seus corações.

 

Mas, quando os homens recebem em seus corações a palavra de Deus, recebem poder para serem feitos filhos de Deus. São filhos nascidos de Deus, e não da carne, do sangue e da vontade do varão ( Jo 1:12 -13).

 

É pelo plantio no coração dos homens que ocorre o embate entre o reino das trevas e o reino da luz (carne versus Espírito). Onde foi lançado a semente incorruptível, o diabo faz sua investida para arrancá-la ( Mt 13:4 ). As ações das aves, do sol, dos pedregais e dos espinhos são implacáveis. Como isto ocorre? O maligno semeia no campo do pai de família o joio.

 

Observe que o maligno busca semear joio no campo que pertence ao pai de família ( Mt 13:25), ou seja, a batalha se dá nos lugares celestiais ( Ef 6:12 ), uma vez que os falsos profetas vêm até os que creram vestidos de ovelhas, mas são lobos devoradores “Recebendo o galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer nos deleites quotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco“ ( 2Pe 2:13 ; Mt 7:15 ).

 

Qualquer que se alimenta do joio que surgiu no campo do pai de família continuará entenebrecido no entendimento e podem confundir os ‘meninos’ na fé, arrastando-os com ventos de doutrinas ( Ef 4:14 ).

 

Com isto há um crescimento vertiginoso da plantação, porém, o que se vê não é trigo, mas joio. É por isto que Cristo alerta: “Ouvindo alguém a palavra do reino, e não a entendendo, vem o maligno, e arrebata o que foi semeado no seu coração; este é o que foi semeado ao pé do caminho” ( Mt 13:19 ).

 

O reino dos céus e o reino deste mundo consiste em plantas que o pai plantou e plantas que o pai não plantou ( Mt 15:13 ). O embate se dá através de sementes! Sendo a semente de Adão corruptível, a semente da palavra de Deus incorruptível e a semente do maligno, o joio.

 

Com qual semente o cristão deve ter cuidado? Com o joio, ou seja, palavras que convertem em dissolução a graça de Deus, pois não devemos lutar contra carne e sangue, que são plantas oriundas da semente corruptível de Adão. O embate é para que o maligno não lance a sua semente no campo.

 

O apóstolo Paulo demonstra que a ação do maligno se dá nos lugares celestiais, visto que os cristãos estão assentados nas regiões celestiais em Cristo e os lobos disfarçados de ovelhas buscam tragá-los “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores” ( Mt 7:15 ; 1Pe 5:8 ).

 

Se os falsos profetas vêem até os que creem, isto significa que a batalha é travada nos lugares celestiais, onde o crente está assentado (Ef 1:3 ; Ef 2:6 ).

 

É por isto que o crente deve tomar toda a armadura de Deus: para resistir no dia mau! Qual o dia mau? O dia mau refere-se ao ataque do maligno “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, Remindo o tempo; porquanto os dias são maus. Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor” ( Ef 5:15 -17).

 

Aquele que entende a vontade do Senhor anda prudentemente. É pleno do Espírito, pois fala segundo a palavra de Deus ( Ef 5:19 ). É neste sentido que Cristo ensina os cristãos a orarem: “E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém” ( Mt 6:13 ).

 

Cristo foi levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado. A tentação ocorreu com base na palavra de Deus, visto que o inimigo fez uma citação das Escrituras que continha uma promessa específica para Cristo, porém, a astúcia estava em fazer com que o Messias caísse em contradição ao tentar o Pai caso Cristo se lançasse do alto do pináculo do templo.

 

Aquele foi o dia mau, mas Cristo foi livrado pelo Senhor, pois compreendia qual era a vontade do Pai ( Mt 6:13 ).

 

Após tomar toda a armadura de Deus e resistir o dia da tentação, basta permanecer firme.

 

 Aqui aprendemos quê:

 Temos que orar (1 Tm 2:1-4);

 Orar sem cessar (1 Ts 5:17);

 

Mas não orar de qualquer jeito: uma oração nascida e guiada pelo Espírito Santo, que nos assiste na nossa fraqueza e conhece a mente do Pai, e assim pode interceder adequadamente pelos homens (Rm 8:26,27);

 

Com súplicas. Orar com súplica é orar com humildade, reconhecendo nossa situação de necessitados, de pecadores; é orar e permanecer orando; é não desistir antes de vir a resposta, é ser insistente. É orar segundo a necessidade (Dn 10:2,3; Ne 1:4);

 

Vigiando com toda a perseverança. Significa que não podemos nos dar o luxo de ficarmos “regalados” em oração, afinal estamos em guerra! É mais ou menos “orar com um dos olhos aberto”! E novamente vemos aí a exortação a não desistirmos, a orarmos até o fim (At 1:14);

 

Por todos os santos! Nossa oração e súplica não pode ser egoísta, voltada apenas para nossos problemas pessoais, pois enquanto buscamos o “Reino de Deus e sua justiça”, as nossas necessidades serão prontamente supridas pelo Senhor (Mt 6:33)!

 

A maior parte do nosso tempo de oração deve ser destinada à intercessão pelos outros (2 Tm 2:1), conforme o exemplo deixado por Paulo que fazia isso pelos seus amados irmãos (Fp 1:3,4; Cl 1:9-12; 1 Ts 1:2-4), certamente sempre guiado em suas orações pelo Espírito Santo de Deus.

 

O “dia mau” é uma realidade na vida de qualquer ser humano, seja ele cristão ou não, é um resquício do pecado. Na vida de cada um de nós ele se manifesta de maneira diferente em intensidade e forma, mas é certo que teremos de enfrentá-lo.

 

Por isso Paulo diz que devemos nos revestir completamente, dela.

Não apenas as partes fáceis, ou as que mais gostamos. Mas toda a armadura da fé!

 

No dia do desemprego, da escassez, da enfermidade, das dores, da contrariedade, da angústia, solidão, enfim. Somente se estivermos revestidos é que conseguiremos vencer.

Deus nos chamou com um propósito: o de batalharmos “diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” (Jd 3). Ele nos chamou para uma batalha. É uma luta espiritual contra os poderes celestiais das trevas (Ef 6:11,12).

 

 

Deus sabendo disto, não nos deixou desprovidos de armamento para lutarmos contra essas forças do mal. Ele preparou nossas armas para enfrentarmos este desafio e seguirmos fielmente para vitória final ao lado de nosso Senhor Jesus Cristo. O Conjunto destas poderosas armas se chama “a Armadura de Deus”.

 

Precisamos revestir-nos dessa armadura se quisermos ser vitoriosos. A nossa luta não é contra os nossos semelhantes, mas contra os poderes celestiais das trevas, que pode pela astúcia de Satanás, nos afastar de Deus e nos destruir (Ef 6:11,12).

 

Mas se ficarmos ao lado do Senhor e buscarmos a cada dia o senhorio de Cristo em nossas vidas, não há poder que possa nos vencer (Rm 8:35-39).

 

Paulo instrui em sua carta aos efésios a buscarmos o fortalecimento no Senhor que vem do Seu poder, para termos vidas santas e andarmos nos caminhos retos trilhados por Cristo. Devemos também revestir-nos da armadura de Deus, sem a qual não teremos forças para enfrentar as armadilhas de Satanás.


 II. As armaduras de Deus para nós


Paulo chama a atenção para um detalhe importante: a nossa luta é espiritual, contra os poderes celestiais das trevas, e não contra o homem. Por isso ele nos exorta a buscarmos a armadura de Deus, onde encontramos as armas espirituais para usarmos nesta batalha. Analisemos detalhadamente esta armadura que vem de Deus:

 

1. O Cinto da Verdade

A primeira parte da armadura de Deus é a verdade (Efésios 6:14). Isto porque a verdade é um aspecto fundamental do caráter do nosso Deus. Como está escrito :em João 8:32 e João 17:17.

 

A verdade liberta (Jo 8:32);

Santifica (Jo 17:17);

Não pode ser resistida (2 Co 13:8);

Se revela na Palavra de Deus (Sl 119:142);

Representa Deus (Sl 31:5);

A mentira não é fruto da verdade, mas do Diabo (1 Jo 2:21);

Na cruz, Jesus se entrega ao Deus da verdade. A Igreja está fundamentada na verdade e este é um fundamento eterno, por isso devemos nos cingir, com o cinto da verdade.

O termo grego que Paulo utiliza para verdade é aletheia e significa: verdade em qualquer assunto ou consideração, que é verdade em coisas relativas a Deus e aos deveres do ser humano, verdade moral e religiosa, a verdade tal como ensinada na religião cristã, com respeito a Deus e a execução de seus propósitos através de Cristo e com respeito aos deveres do homem, opondo-se igualmente as superstições dos gentios e às intervenções dos judeus, e às opiniões e preceitos dos falsos mestres até mesmo entre os cristãos. (Concordância de Strong)

Noutras palavras, a verdade deve estar presente em nossa fé, palavras, atitudes e culto. O nosso proceder deve inspirar nas pessoas a verdade, a ponto de que ao olhar para nós elas enxerguem uma referência nesta área.

 

No “dia mau” não caia na tentação do engano ou da mentira, mas fale, viva e seja um reflexo da verdade.

 

2. A Couraça da Justiça

A couraça é a parte da armadura que protege o peitoral e as costas, desde o pescoço até o final das costelas (Ef 6:14). É parte importantíssima da armadura de Deus, visto que um ataque nesta parte do corpo tem muitas chances de ser letal, pois há muitos órgãos importantes nesta região.

 

Para justiça, Paulo utiliza o termo grego dikaiosune e significa: estado daquele que é como deve ser, justiça, condição aceitável para Deus, integridade, virtude, pureza de vida, pensamento, sentimento e ação corretos.

 

De acordo com a revelação do Espirito Santo através de Paulo, somente resistiremos firmes no dia mau, se a integridade, pureza e santificação forem presentes em nossa vida.

 

O cristão sincero não pratica a corrupção. Ele é sincero em seu procedimento e justo em seus negócios. Um bom exemplo disso era Jó (Jó 1:1).

 

Mesmo diante das mais severas adversidades do dia mau, Jó defendeu sua integridade. Ele tinha convicção de que vivia na presença de Deus de maneira obediente e que sua tribulação não era motivo de injustiça de sua parte.

 

3. Os Calçados da Paz

No dia mau, o cristão sincero deve ser guiado, conduzido, segundo as preciosas instruções do evangelho da paz (Efé 6:15).

 

Paz significa: ausência da devastação e destruição da guerra, paz entre os indivíduos, concórdia, segurança, prosperidade, felicidade, paz do Messias, o caminho que leva à paz.

 

Mesmo no dia mau, o cristão sincero não perde sua paz interior, pois ela é fruto de seu relacionamento com Deus. É a paz conquistada por Jesus Cristo no Calvário.

 

O Senhor Jesus ministrou paz em meio a tribulação de seus apóstolos (Jo 20:19). O apostolo Paulo orou pelos Tessalonicenses, com o objetivo de que o Senhor lhes desse paz em todo tempo (2 Ts 3:16).

Servimos ao Deus da paz. Ele é a nossa paz. Quando somos conduzidos por sua Palavra, temos paz mesmo em meio ao caos.

 

4.O Escudo da Fé

O estabelecimento de uma boa defesa é uma das estratégias de batalha mais antigas da história.

O escudo ao qual o apóstolo Paulo se refere, era o escudo romano (Ef 6:16). Grande e quadrado, ele cobria praticamente todo o corpo do soldado, dificultando ainda mais a vida do adversário.

 

Pois, bem é dessa forma que o cristão deve se defender com a fé. A palavra utilizada por Paulo para se referir a ‘fé’ é pistis e significa: a convicção de que Deus existe e é o criador e governador de todas as coisas, o provedor e doador da salvação eterna em Cristo, convicção ou fé forte e bem-vinda de que Jesus é o Messias, através do qual nós obtemos a salvação eterna no reino de Deus.

 

No dia mau a fé, ou convicção de que Deus é o governador de todas as coisas e que Jesus é o Messias prometido, nos protegerão de toda confusão maligna e de todas as tentações do mundo temporário em que vivemos.

 

A fé a qual Paulo se refere, não é a “fé humana”, o pensamento positivo ou a sugestão positiva. Ele se refere a fé salvífica, onde a Soberania de Deus jamais será perturbada em nossas vidas, não importa o quão difíceis as coisas estejam.

 

5. O Capacete da Salvação

Uma das partes mais vulneráveis do nosso corpo é a cabeça. Responsável pelo raciocínio, orientação e equilíbrio, a cabeça sempre foi em todos os tempos o primeiro alvo do inimigo em uma batalha.

 

O Diabo não age de maneira diferente. Ele tenta nos confundir e perturbar com suas astúcias e projetos maliciosos. Um dos campos de batalha mais difíceis de manter a firmeza, em toda a batalha espiritual, com certeza é a mente.

Por isso, Paulo nos aconselha a usar o capacete da salvação (Efé 6:17). A palavra que ele utiliza no grego para referir-se a salvação é soterion e significa: aquele que salva, que traz salvação, que expressa esta salvação, esperança futura da salvação.

O pensamento que deve orquestrar a nossa mente é o da salvação em Cristo. Quando toda a confusão e tribulação do Diabo intentarem contra a nossa mente e convicções, ela deve estar protegida com o capacete da salvação.


 5.  Espada do Espírito


O último elemento da armadura de Deus é a espada do Espírito (Ef 6:17). O instrumento de ataque contra as forças de Satanás é a Palavra de Deus.

 

Todas outras partes da armadura são de defesa, mas a espada é a única arma de ataque. O soldado precisa estar com sua espada e saber manejá-la a qualquer momento.

A espada da luta espiritual é a Palavra de Deus (Hb 4.12). Esta espada é do Espírito, ou seja, pertence ao Espírito Santo, que nos inspira e usa conforme quiser (João 14.26). Através da Palavra de Deus podemos nos defender das tentações do inimigo (Mateus 4.1-11).

Tome cuidado para não usar palavras da Bíblia para ferir pessoas. Não é isso que significa lutar com a Espada do Espírito. O real significado é obedecer à Palavra de Deus que nos ensina a amar o nosso próximo (Marcos 12.30) e resistir o nosso único inimigo que é o diabo (Tiago 4.7).

Em todas as lutas de sua vida, procure primeiro se alimentar com a Palavra de Deus que será sua fonte de defesa contra as artimanhas do inimigo. Por isso precisamos saber “manejar bem a Palavra da verdade” (2 Tm 2.15).

Lute baseado na Palavra de Deus!

 

Quando ele tentou Jesus no deserto, o Senhor utilizou as Sagradas Escrituras como espada do Espírito para atacá-lo.

 

Devemos conhecê-la, amá-la e estudá-la diariamente. Fazendo isso, nossos pensamentos estarão cheios dos conselhos santos e nossa vida será dirigida pelas palavras que saem da boca de Deus.

 

III. O propósito das armaduras de Deus

Para ficarmos livres das ciladas do inimigo! Cilada é uma armadilha; é astúcia, esperteza e engano. Enganar é levar ao erro através de ilusão, disfarce. Satanás não tem poder sobre nós, os filhos de Deus! Por isso, tentará nos induzir ao erro, pois só terá autoridade sobre nós se nos sujeitarmos a ele. A escolha será sempre nossa! Nosso inimigo pode vir disfarçado de um “coração cheio de boas intenções” (Jr 17:9); como um irmão “cogitando das coisas dos homens e não das de Deus” (Mt 16:22-23); pode vir com a palavra de Deus, mas pela metade ou deturpada (1 Tm 4:1-2; 1 Tm 6:3-5; 2 Pe 2:1-2, 17; At 17:11); ou até mesmo como um “anjo de luz” (2 Co 11;14). Daí a necessidade de habitarmos (estarmos sempre junto, morando…) no esconderijo do Altíssimo (Sl 91:3) e revestidos de toda a armadura de Deus!

 

Para resistirmos no dia mau! Uma excelente palavra de Jesus sobre este assunto está registrada em Mateus 7:24-27 todos podemos ser visitados por fortes chuvas, enchentes, tempestades, vendavais, etc. Mas, a nossa salvação estará em sermos praticantes das verdades proferidas por Jesus, e assim estarmos firmados sobre a rocha que sustentará nossa casa em pé!

 

Para permanecermos inabaláveis após a vitória! Uma guerra é feita de muitas batalhas e lutas. Vestidos de toda a armadura de Deus, sempre que vencermos uma batalha, estaremos firmes e ainda abundantes na obra do Senhor, sabendo que, nEle, nosso trabalho não é vão (1 Co 15:57-58), e a vitória, garantida: “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o filho de Deus?” (1 Jo 5:4-5). Até que venha a próxima batalha…