quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

As dez características do vaso que Deus usa




Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!





Nesta oportunidade vamos meditar na carta de Paulo aos 2 Co  4.7-12
7 Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.

 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados;

 9 perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 trazendo sempre por toda parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossos corpos.

11 E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal.

12 De maneira que em nós opera a morte, mas em vós, a vida.




Deus decidiu guardar Seus tesouros em recipientes muito fracos. Por isso temos nosso tesouro em vasos de barro — que somos nós mesmos —, para que a excelência do poder seja de Deus, e nunca nossa.

O poder de Deus sempre se aperfeiçoa na nossa fraqueza, pois, do contrário, certamente ficaríamos arrogantes.


Por essa razão é que em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos.

Assim caminhamos, sempre trazendo no nosso corpo o morrer, para que também a vida de Jesus se manifeste em nós.

Isso porque nós, que vivemos pela fé em Cristo, estamos sempre entregues à morte por amor a Jesus e para crescermos em Sua Graça.


Ora, isso também acontece a fim de que a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal, que só pode experimentar vida tão mais excelente se nossa animalidade mais básica for sempre relativizada.

E se desejamos muito ser instrumentos de Deus — também pura obra da Graça —, ainda mais teremos que conhecer o caminho da fraqueza, a fim de que discirnamos nossos próprios corações.

Por essa razão é que aquele que é visto como alguém que edifica outros, mais profundamente conhecerá a operação da morte para que outros possam experimentar a vida.

As dores de uns são as sabedorias de Graça que trarão vida a outros.

Ora, o espírito de nossa fé é simples, e manifesta-se conforme está escrito: "Eu cri, por isso falei!"

Também nós cremos, por isso também falamos!
Mas fazemos isto sabendo que Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará com Ele — sim, a todos nós!

Desse modo, sendo já herdeiros de todas as coisas, mesmo que existindo em fraqueza, devemos saber que todas as coisas existem por amor a nós.

Somente pessoas conscientes de sua própria fraqueza podem experimentar esse privilégio como gratidão, e nunca como arrogância.
E tal consciência não se jacta como se isso fosse uma conquista individual e pessoal. Essa Graça está sobre muitos.
Isto para que a Graça, multiplicada por meio da vida e dons de muitos, faça abundar muita gratidão entre os homens para a Glória de Deus.

É por essa razão que não desfalecemos nunca. Mesmo quando vemos o nosso “homem exterior” se consumindo, pois sabemos que existe uma contrapartida.
Afinal, na mesma proporção, o nosso “homem interior” se renova de dia em dia.

Dito isso, quero apenas recordar que não somos filhos da animalidade. Temos um tesouro eterno habitando em nossa fraqueza.

Ora, tal consciência gera muita paz. Afinal, sabemos que a nossa tribulação na terra é leve e momentânea, mas produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória.


Vejamos agora “As dez características do vaso que Deus usa”.




I . VASO DE OURO .

 Um objeto de ouro representa riqueza; ouro é caro, é precioso. Representa poder e beleza. Poucos podem tê-lo. Em que se parece conosco? Quando usamos o cargo que Deus colocou em nossas mãos apenas para demonstrar poder e autoridade. Queremos mostrar que somos poderosos, queremos que todos os refletores da mídia estejam sobre nós, queremos “aparecer” ( 1Pe 5.5).


II . VASO DE PRATA .

 Um vaso de prata é também usado para embelezar ambientes; é também valioso, poucos podem tê-lo. Em que se parece conosco? Quando somos apenas parte da decoração da igreja, porque poucos podem contar conosco, guardamos bem trancados os nossos dons ( Hb 13.16)



III . VASO DE BARRO

 (marrom) - É o vaso que se deixa moldar pela mão do Oleiro. Sua aparência não demonstra poder ou riqueza, mas tem a beleza do brilho que vem do seu Criador. Em que se parece conosco? Quando todos podem contar conosco e gostam de estar perto de nós, pois exalamos o bom perfume de Cristo. Às vezes pode acontecer do vaso cair e quebrar-se, mas o Oleiro pega os cacos e faz outro vaso, colocando tudo no lugar certo ( Is 64.8).



IV. VASO DE BRONZE (amarelado)


 Nada precioso, porém, se bem polido, pode parecer-se com o ouro e pode enganar alguém desavisado. Em que se parece conosco? Quando parecemos tão crentes, tão polidos na linguagem, tão prontos a ajudar, mas estamos usando nossos dons para adquirir vantagens. Quando falamos, podemos enganar a muitos, que dizem nos achar sábios e sensatos, porém com a convivência do dia-a-dia descobre-se que não somos o que pregamos ou dizemos ser ( Pv 6.16-19).



V . VASO DE ALUMÍNIO


 É feito de metal sem valor, não representa poder ou riqueza, amassa com facilidade, dura pouco, serve apenas para guardar algumas coisas que não nos servem.

 Em que se parece conosco? Quando agimos, apenas entrando e saindo da igreja, dia após dia, culto após culto, mas nada muda em nossa vida; também quando somos solicitados e são tantas as desculpas que damos!

Estamos sempre de igreja em igreja, procurando uma que nos agrade mais; o nosso brilho dura pouco, e logo somos amassadas pelos ventos de doutrina. No nosso interior, o que guardamos são coisas como inveja, maledicência, rancor, ciúmes, intrigas... coisas que para nada servem  ( Tg 4.11).


VI.          Os vasos que Deus usa são conhecidos por ele.

 v. 19. “Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus...”

A. A segurança desta promessa.

1) Não importa se o presidente da república não te conhece.

2) Não importa se os artistas de Hollywood não te conhece.

3) Não importa se és um desconhecido para teus amigos e tua família.

4) Mas se Deus te conhece, o que importa quem não te conhece.

5) O fundamento firme de que Paulo nos fala neste texto tem este primeiro selo.

a) É um selo de propriedade, de legitimidade, de reconhecimento.

b) O contexto da passagem, que dá origem a esta promessa, tem a ver com dois homens chamados Himeneu e Fileto.

c) Ambos estavam confundindo a igreja, dizendo que já a ressurreição se havia efetuado.

d) Isto resultou que ambos foram assinalados como autores do erro e conseqüentemente desconhecidos pelo Senhor, mesmo participando na igreja.

e) O Senhor sabia que estes dois homens não eram seus, porque ninguém que é seu se aparta da verdade, seguindo seus próprios erros.

6) O Antigo Testamento nos mostra Corá quem se envolveu em um grande pecado contra Deus.

a) Este homem quis desconhecer a autoridade de Moisés, e ao ser confrontado com sua maldade, foi lhe dito: "E falou a Corá e a toda a sua congregação, dizendo: Amanhã pela manhã o Senhor fará saber quem é seu e quem o santo que ele fará chegar a si; e aquele a quem escolher fará chegar a si." (Nm. 16:5).

b) Corá pereceu com todos seus seguidores e família.
c) Deus conhece os que são seus.

d) Uma das maiores promessas bíblicas foi feita por Jesus, quando afirmou: "Minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e eu lhes dou a vida eterna...".

B. O descanso desta promessa.

1) Qual importância teria conhecer a Deus se Ele não nos conhecesse? Seria uma tragédia!

2) A última coisa que gostaríamos de ouvir um dia são as palavras de Jesus: "Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade." (Mt 7:21-23).


3) Frente a esta solene declaração, que alivio e confiança produz o saber que Deus nos conhece.

4) De que maneira o saber que Deus me conhece produz este descanso?

a) Bom, que Ele conhece meus temores,

b) meus sentimentos,

c) minhas preocupações,

d) minha solidão,

e) meus anelos,

f) meus desejos legítimos;

g) Ele conhece meus fracassos, dos quais me levanta e logo me sustém.

h) Se alguém soube descansar na promessa de ser conhecido por Deus, foi Paulo.

i) Quando teve que enfrentar aos que questionavam seu apostolado, lhes deu uma informação completa de como era sua vida, e ainda que fosse desconhecido para muitos, sabia que era bem conhecido por Deus (2 Co 6:3-10).



VII . Os vasos que Deus usa devem separados de toda imundícia. v.19b. “…e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade”.

A. A sujeira pega com facilidade.

1) Todos os trabalhos que realizam nossas mãos estão potencialmente rodeados de sujeiras.

2) Mesmo os trabalhos que não estão expostos ao contato com a terra, a sujeira se faz presente.

3) Os escritórios que parecem mais impecáveis, ao final do dia; alguém tem que fazer uma limpeza.

4) Porque? Porque a sujeira tem a propriedade de agarrar-se a tudo o que está limpo.

a) Como fica feio uma mancha em uma roupa!

b) Porque lavamos o corpo todos os dias? Porque o mesmo corpo sente as impurezas através dos odores que deixa a sujeira.

c) Quando o apóstolo Paulo falou do conhecimento que Deus tem dos seus, introduziu o outro selo que está colado ao "fundamento de Deus"; isso é, o dever que nos assiste: "Aparte-se da iniqüidade todo aquele que invoca o nome do Senhor".

d) A "iniqüidade" é a sujeira que se apegou ao vaso da vida.

e) Sua persistência é tal que está presente, e dela devemos cuidar sempre.

f) Etimologicamente a iniqüidade é definida como algo que está torcido.

g) A iniqüidade é o que tem torcido o caminho reto de Deus.

B. O chamado do céu. "Aparte-se da iniqüidade todo aquele que invoca o nome do Senhor".

1) Aqui está o maior chamado do Senhor.

2) Quem são os que devem se apartar da iniqüidade?

a) Não é o inconverso, pois ele vive em total iniqüidade.

b) Então quem deve apartar-se da iniqüidade é todo aquele que "invoca o nome do Senhor".

c) Quando Davi cometeu os dois pecados para os quais não havia sacrifícios prescritos pela lei, e logo depois de ser perdoado e coberto seu pecado, pronunciou um dos grandes textos da Bíblia, quando dizer: "Bem aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano". (Sl 32:2).

3) A iniqüidade afeta a alma,

a) destroçam os mais nobres anelos,
b) traz desonra ao nome do Senhor e faz envelhecer os ossos, conforme a experiência do mesmo salmista (Salmos 32).
c) Devemos lembrar que a iniqüidade foi o primeiro pecado conhecido.

d) Os verdadeiros vasos do Senhor devem se apartar da iniqüidade para não serem aliados do anjo de luz, que depois da sua rebelião se transformou em Satanás.

e) Foi a iniqüidade que mudou seu estado original (Ez 28:15-16).
VIII. Os vasos que Deus usa sempre trazem honra ao seu nome ( v. 20).

"Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de madeira e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra".

A. Há vasos de ouro para servir ao Rei.

1) Salomão foi um homem que teve duas grandes riquezas:
a) sua sabedoria e seus bens materiais.

b) Sem dúvida que sua vida palaciana excedia a todos os reis de sua época.

c) Quando se faz menção dos utensílios que havia em sua casa, ressaltam os vasos de ouro que seus serventes adornavam as mesas e que serviam ao rei.

d) É fato que a prata para seu tempo não era tão valorizada como o ouro, portanto os vasos com que se serviam na presença do rei eram de ouro, denotava a grandeza do seu reino.

2) Agora nós somos os súditos de um reino maior que o de Salomão.

a) Nós somos os vasos desta grande Casa que é a igreja do Senhor, "coluna e baluarte da verdade".

b) A tarefa por excelência de um filho de Deus é trazer honra ao seu nome.

c) Os instrumentos de ouro e de prata dessa grande Casa representam

1. A qualidade, o prestigio, o distinto.

2. Se os anjos são os que trazem sempre honra e glória nos céus ao seu nome, nós somos chamados para fazê-lo na terra.

B. Não somos feitos para desonra.

1) Não deveriam nossos vasos ser de barro e de madeira para servir ao Senhor.

2) Não quer dizer que estes vasos não servem para nada, pois já temos explicado a importância que tem para o uso cotidiano.

3) Mas bem temos dito, de acordo ao que Paulo disse, que nessa grande Casa onde há utensílios para usos honrosos e para usos desonrosos, nós não podemos desonrar ao Rei que amamos e servimos.

4) Pelo contrário, se alguma vez nós desonramos ao Rei é porque fomos alcançados pelo pecado, que os vasos de honra com os quais servimos ao Senhor, sejam fontes para repreender o pecado.

5) Que assim como o rei  Belsazar (Dn 5:1-6)
a) foi repreendido por haver usado os vasos santos do santuário para beber vinho com seus nobres, esposas e concubinas,

b) até o ponto de haver acabado com seu reino,

c) assim também nós vasos sejamos instrumentos de juízo contra o pecado porque não fomos feitos para uso desonroso, mas para honrar e servir ao Senhor.

IX. Os vasos que Deus usa devem santificar-se para um melhor uso. v. 21

A. O vaso deve estar limpo dessas coisas.

1) De quais coisas? O contexto imediato nos refere as discussões sobre palavras (v. 14).

2) Ao que parece nada contamina mais o vaso de nossas vidas que o uso desenfreado que damos a nossas palavras.

3) O livro de provérbios sentenciam que nas muitas palavras não falta pecado.

4) Também diz que há contaminação quando não controlamos a nossa língua.


5) Paulo recomenda a Timóteo evitar profanas e vãs palavras porque as mesmas conduzem a impiedade (v. 16).


6) As palavras de Himeneu e Fileto eram comparadas com uma gangrena que come a vida dos que assim agem.


7) Tudo isto traz iniqüidade a alma, e isto precisa ser evitado.
8) Os vasos que Deus quer usar devem ser vasos santos,

portanto devemos nos esforçar para nos manter limpos.
9) Que nenhum pecado contamine este vaso.


B. Porque estar sempre pronto um vaso limpo v. 21?

1) Em primeiro lugar para ser um instrumento adequado por meio do qual flui a honra, a santidade e a utilidade ao Senhor.

2) Sua condição de limpeza o deixa apto para fazer qualquer coisa nessa grande Casa, que é a igreja do Senhor.

3) Mas, sabe porque muitos cristãos nem sempre estão dispostos? Porque seu vaso não está limpo.

É um fato que quando na vida cristã há impurezas,
a) pecados que, todavia dominam o caráter; nesse crente falta disposição para "toda boa obra".

b) Qual será, então, nossa decisão hoje?
c) Qual espécie de vaso seremos?






X. VASO ESCOLHIDO
(At 9.15): esta primeira revelação está no Episódio da conversão de Saulo. Após ele ter um encontro com o Senhor e ficar cego, Deus envia o seu servo, Ananias para ir ao seu encontro. Porém Ananias responde ao Senhor que muitas coisas ruins haviam sido ditas acerca de Saulo, mas o Senhor o diz: Ananias este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome aos gentios e aos Reis de Israel. Somos vasos escolhidos. Dentre milhares de pessoas Deus escolheu a nós.

O presente versículo ensina o propósito e desígnio de DEUS nas vidas dos homens, em termos gerais, porquanto DEUS conhecia a Saulo e Ananias, e ambos tinham lugar nesse plano, como também dele participam todos os homens. Isso é teísmo ao invés de deísmo.

O teísmo ensina que DEUS não apenas criou todas as coisas, mas também que conserva o interesse pela sua criação, dirigindo e exercendo a influência de sua vontade sobre as vidas humanas, para cumprimento de seus propósitos, determinando os seus destinos; também galardoa e pune aos homens, e, de modo geral, intervém sobre a vida humana, sendo ele o alvo apropriado de todos os homens.

Já o deísmo aceita a existência de um "deus", de deuses ou de forças cósmicas que teriam criado o universo; no entanto, não se interessam pelo mesmo, tendo-se afastado do mesmo, sendo que também nem pune e nem galardoa aos homens.

"Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. tais homens são, por isso, indesculpáveis" (Rm. 1:20).

Além disso, este mesmo versículo ensina-nos que o interesse de DEUS não tem apenas um caráter geral, que reduz os homens a pessoas sem nome, pelo contrário, o Senhor se interessa individualmente por cada um, tendo uma missão para cada um.

Dessa forma, todos os homens, em certo sentido, podem ser vasos ou instrumentos como no bem-estar de seus semelhantes humanos.

Assim sendo, o poder de DEUS fez com que Paulo se tornasse um vaso escolhido tendo-lhe sido conferida uma missão distinta. E o próprio Paulo, já apóstolo, sentia ser um vaso de barro, indigno de encerrar tão grande tesouro.

"Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de deus e não de nós"(2 Co 4. 7).

Por conseguinte, a mensagem que Ananias foi encarregado de transmitir a Saulo foi realmente grandiosa.

"Então, Ananias foi e, entrando na casa, impôs sobre ele as mãos, dizendo: saulo, irmão, o senhor me enviou, a saber, o próprio jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas, para que recupere a vista e fiques cheio do Espírito Santo". (At 9. 17).

Deve-se observar, por semelhante modo, como DEUS determina os acontecimentos da vida de um homem, a fim de torná-lo apto para o tipo de vaso que deve ser para a obra particular que ele precisa realizar na vida.

Assim é que, no caso de Saulo de Tarso, tudo quanto ele fora e aprendera a educação que recebera, o seu prepara intelectual na religião judaica, e até mesmo o contexto de sua personalidade, contribuía para fazer dele um caso como DEUS queria.

DEUS outorga e utiliza os dotes naturais de um indivíduo, e ordena sua forma de treinamento e desenvolvimento, antes mesmo de sua conversão, a fim de prepará-lo para a obra e a missão que deve receber, após sua conversão.

"Quem quer que considere o caráter de Paulo, a sua educação, as suas realizações quanto aos conhecimentos naturais, o papel distinguido que lhe foi outorgado, primeiramente contra o cristianismo, e depois, na mais profunda convicção, o papel que desempenhou em favor do cristianismo, perceberá, de imediato, quão bem ele estava qualificado para grande obra para a qual Deus o havia chamado"


Três seriam as esferas principais das atividades de Saulo, quando fosse o grande apóstolo Paulo. Vejamos:

a) - Pregaria o evangelho às nações, porque, através dele, o evangelho seria estabelecido no mundo gentílico. Foi quase sozinho que ele ergueu o cristianismo à posição de uma religião mundial, alterando assim o curso da história da humanidade.

b) - Pregaria o evangelho a reis. Dentre todos os seguidores de JESUS, Paulo era o mais qualificado para ser testemunha perante os governadores do mundo.

c) - Pregaria o evangelho ao povo de Israel. Fora um dos seus melhores elementos, mas tornara-se elemento excelente quando de sua conversão; e foi comissionado a anunciar essa mensagem de transformação ao seu próprio povo, de forma especial e cheia de vigor.

Com sucesso e fielmente foi que Paulo cumpriu essas três esferas de atividade. Nas duas primeiras esferas ultrapassou imensamente o serviço e o poder de quaisquer outros cristãos primitivos.

É interessante observar, que Paulo seria alvo dos ataques desfechados por muitos, sendo inclusive, punido com muitos sofrimentos.

Contudo, o fato de que Paulo assim tivesse de sofrer, em defesa da fé que anteriormente havia perseguido tão ferozmente, serve de prova insofismável da autenticidade de sua conversão, bem como da veracidade do cristianismo.

É muito significativo que Paulo encarava o sofrimento como uma forma de dom dada aos cristãos, contanto que esses sofrimentos fossem em favor de CRISTO.

"Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de credes Nele". (Fl 1.29).


Veja como Jesus nos revelou isso em Mateus 7.21 :

15. Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. (cuidado com os que falam em nome de Deus, mas que não são ovelhas – ovelhas obedecem ao Senhor)

16. Pelos seus frutos os conhecereis. (frutos são: o resultado das atitudes do caráter) Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
17. Assim, toda árvore (árvore=pessoa) boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. (Bons frutos: Atitudes de bom caráter – Frutos maus: atitudes do mal caráter)

18. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons.

19. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo (essa árvore – pessoa – vai ser reprovada).

20. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis. (pelo resultado, pelas atitudes do caráter conheceremos cada pessoa)

21. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! (Senhor é Dono – “Nem todo que me diz: Tu és meu Dono”) entrará no reino dos céus, mas (entrará) aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. (só vai entrar quem for aprovado, e só será aprovado quem faz a vontade do pai, ou seja, quem obedece a Deus)

22. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! (meu Dono) Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? (fomos canal de operação do poder do Teu nome na terra, fomos usados por Ti quando vivemos na terra)
23. 

Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade. (não te conheço, saia de perto de mim – nunca houve um relacionamento verdadeiro entre nós – saiam de perto de mim os que praticam iniqüidade = atitudes pecaminosas baseadas num caráter corrompido que não se arrepende)
24. Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica (obedece) será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; (segurança e proteção da rocha)

25. e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. (virão as lutas mas esse crente não vai cair – quem obedece se santifica, quem é santo é protegido contra os ataques do maligno)

26. E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica (desobedece) será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia; (vulnerável, desprotegido)

27. e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína. (virão as lutas e esse crente desobediente não tem a proteção, por isso vai cair, e a queda será grande).



Precisamos santificar a Cristo em nossos corações, para que possamos estar preparados para responder a todo aquele que nos pedir a razão da esperança que há em nós (1 Pd 3.15).

Que Deus nos abençoe e nos guarde em nome de Jesus, amém!

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