quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O orgulho e a insensatez do rei Ezequias







Por: Jânio Santos de Oliveira



Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara




- Duque de Caxias- Rio de Janeiro




janio-estudosteolgicos.blogspot.com

Biblia para Referência







“Eis que vêm dias em que tudo quanto houver em tua casa, e o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado a Babilônia; não ficará coisa alguma, disse o Senhor. E ainda até de teus filhos, que procederem de ti, e que tu gerares, tomarão, para que sejam eunucos no paço do rei de babilônia” ( 2 Re 20. 17-18)

Esta profecia foi feita por Isaías, nos dias que Ezequias era rei de Judá, mais ou menos no ano de 713 AC. Ezequias reinou em Jerusalém de 716 a 687 AC. Para entendermos o porquê desta profecia, devemos voltar um pouco na história.

O rei Ezequias estivera doente. Chorou e pediu a Deus para viver um pouco mais e acabou ganhando mais quinze anos de vida. Ezequias pediu um sinal da parte de Deus, como confirmação, de que sararia, e este sinal envolvia o recuo da sombra do relógio de Acaz em dez graus. Em Babilônia, sábios que estudavam os astros, notaram este fenômeno na natureza e descobriram que isto era fruto de um sinal favorável de Deus a Ezequias.

Uma comissão foi enviada para cumprimentar o rei de Judá pela cura e oferecer presentes. Os Babilônicos não estavam em evidência no mundo nessa época, mas sim os Assírios. Muitos comentaristas dizem que os presentes tinham provavelmente a intenção de encorajar Ezequias a também se revoltar contra os Assírios.

Merodaque-Baladã, que era o rei de Babilônia, ao enviar os mensageiros esperava entregar presentes e buscar apoio político para as suas novas conquistas. Os embaixadores, porém, foram surpreendidos com a postura do rei de Judá. II Reis 20:13 conta que “Ezequias recebeu os mensageiros e lhes mostrou toda a casa de seu tesouro, a prata, o ouro, as especiarias, e os melhores ungüentos, a sua casa das armas, e tudo o que havia nos seus tesouros; coisa alguma houve que não lhe mostrasse, nem em sua casa, nem em todo o seu domínio”.

Sem dúvida um dos objetivos de Merodaque-Baladã era buscar mais informação sobre o Deus com poder de fazer a sombra do sol regredir dez graus. Ezequias perdeu a grande chance de mostrar a grandeza do seu Deus. A oportunidade estava ali, diante de seus olhos, para mostrar aos viajantes do outro lado do Jordão as maravilhas do Deus do céu. Mas o orgulho e a vaidade tomaram posse do coração de Ezequias e esqueceu por completo o milagre recebido.

Ah! Amigo ouvinte, como é fácil, após sermos grandemente beneficiados, esquecermos do nosso benfeitor. Muitos já estiveram à beira da morte e ali, no desespero, fizeram muitos propósitos, muitos votos, muitas promessas. Só que, após a recuperação, foram esquecendo aos poucos da bênção recebida.

Para Ezequias era mais fácil e interessante falar das conquistas, dos armamentos, dos tesouros e de sua corte. Como é fácil para o ser humano destacar seus feitos, suas riquezas, seu poder, sua inteligência. Em resumo: falar de si mesmo e esquecer de Deus.
O profeta Isaías, que viveu em Jerusalém nos dias dos reis Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, profetizou que esse mesmo povo voltaria, não para trazer presentes, mas para levar toda a riqueza que foi mostrada, inclusive os filhos do próprio Ezequias que seriam levados como escravos.

O orgulho e a insensatez do rei Ezequias: Após a cura milagrosa ele recebeu uma embaixada do Rei de Babilônia (Merodaque - Baladã) com presentes para ele, mas o orgulho e a insensatez levaram Ezequias a mostrar tudo o que havia em sua casa, inclusive os seus tesouros, isso não pareceu bem aos olhos do Senhor, por isso foi repreendido pelo profeta Isaías declarando-lhe as conseqüências (2 Rs 20.12-18; Pv 18.2)

O rei Ezequias não corresponde aos benefícios de Deus

(2 Re 20:12-13)

v.12 – Ezequias era rei de Judá e um rei de um país distante, Babilônia, soube da grande bênção de cura que Deus havia dado a ele. Mandou carta, presente. Parece uma coisa simples, mas não era, tanto que Deus não aprovou os atos de Ezequias.

V.13 – Ezequias deu ouvidos
dar atenção ao inimigo que se aproxima como se fosse amigo não agrada ao Senhor, porque o Senhor sabe que a entrada do adversário na vida do servo vai destruir o ensino de Deus.

Vejamos o fato de um colega, mesmo pequeno, vem se torna amigo e ensina palavras feias, gestos feios, crítica você, servo, por vir à igreja, obedecer aos pais. Ensino do mal quanto ao vestir e fazer o que o mundo faz. Não está correto porque Deus sabe que isto vai trazer mal à vida do servo, serva, em qualquer idade. O que fazer? Não dar ouvidos para o mal.

Bem, o que mais Ezequias fez ao rei Berodaque da Babilônia?
V. 13 – mostrou toda a casa do seu tesouro, prata, ouro, as especiarias, os melhores ungüentos, mostrou tudo o que Deus lhe havia dado.

Então não se pode expor, mostrar, aquilo que Deus fez e faz na vida, na obra de Deus, para o inimigo. Até a casa de armas! Como se pode fazer isto? Ezequias se exaltou, esqueceu que tudo que ele tinha foi dado pelo Senhor.

De que fala para nós a prata, o ouro?

• A prata - fala de Salvação. O Senhor deu sua vida para nos salvar.
Judas vendeu ao inimigo O Senhor por 30 moedas de prata. Nós somos vasos comprados pelo sangue de Jesus (Mt 26:14-15).

• O ouro fala de poder, especiarias, louvor (Ct 4:10b e 13-14).

E a cura? Que maravilha!
Tudo isto não era para ele se orgulhar.

(Is 39:2) Ezequias se alegrou com o inimigo.

(2 Cr 32:25) Ezequias não correspondeu ao benefício, a bênção de deus na sua vida, família, no reino. Ezequias se exaltou.

Vigilância

diante disto que aconteceu e que deus escreveu, registrou, na palavra, nós vemos que deus vê o que há de bom no coração de cada um e também vê o mal, o orgulho pelo que tinha levando-o a se exaltar.

Ao servo cabe ser vigilante, não abrir as portas de sua casa ao inimigo.

Resultado

o profeta Isaías deu o recado de Deus:
(2 Re 20:17,18 ) “eis que vêm dias em que tudo quanto houver em tua casa, e o que entesouraram teus pais até ao dia de hoje, será levado à babilônia; não ficará coisa alguma, disse O Senhor.”

V.18- “e ainda até de teus filhos, que procederem de ti, e que tu gerares, tomarão, para que sejam eunucos no paço do rei da Babilônia.”
Anos depois isso aconteceu. Foi quando daniel e seus amigos foram levados para babilônia através de Nabucodonosor.

Agora nós vivemos os dias para vigiarmos: “eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” 

Não podemos deixar que o orgulho suba em nossa cabeça. Não há nada errado em sentirmos orgulho de nossas habilidades e realizações. Existe, todavia, uma coisa muito errada em acreditarmos que somos superiores aos outros e em pensarmos que somos invenciveis e que os outros não têm nada a nos oferecer. É uma armadilha: do falso orgulho. Às vezes pessoas preparadas para ocupar posições elevadas podem ser vitimas de sue próprio falso orgulho.

Se isso acontece com pessoas que tem muita capacidade, imagina o que pode acontecer com aqules que precisam lutar mais ou menos sozinhos para alcançar o objetivo deles. O orgulho pessoal é uma poderosa motivação. Ele pode permitir que uma pessoa atinja seus objetivos. Aqueles que têm orgulho de que fazem sai-se melhor que aqueles que não têm, tanto no dia a dia, como no trabalho.

No entanto,existe perigo no orgulho excessivo.quando começamos a acreditar que é o unico responsável por seu próprio sucesso,aí começam os problemas.

Acreditamos que somos mais espertos que os outros, que ninguém está a nossa altura.achamos que não precisamos mais do apoio de outras para alcançar nossos objetivos e acredita que pode enfrentar e superar qualquer desafio sozinho.

O pior de tudo é que o falso orgulho atinge pessoas de todas as camadas sociais e em todos os níveis de uma organização.

Os resultados nunca são bons. Existem alguns princípios que podemos usar e não cair na cilada do falso orgulho: sentir orgulho do trabalho, da escola, rende reconhecimento, autoconfiança, e realização ninguém ganha beleza física natural, é herdada, o sucesso não chegará de mãos beijadas, por causa do seu rosto bonito as realizações não são conquistadas apenas por seus esforços isolados.

Depedemos de professores, colegas, familiares, clientes e amigos que ajudam a sair bem em nossos atos se pensamos que não precisamos de ajuda, estamos em perigo. Tornamos-nos vulnerável ao fracasso no momento que começa a acreditar que é infalivel devemos sentir orgulho da nossa aparência, das realizações pessoais, mas evitemos o ressentimento dos outros. Devemos ser respeitados, mas sem ostentar a aparência ou suas realizações e não ignorar os ensinamentos dos mais velhos.

Esta profecia demorou mais de um século para ser cumprida. Tanto Ezequias, como Isaías, não presenciaram o cumprimento.

Mas no ano de 605 AC, Nabucodonosor, rei de Babilônia invadiu Judá. 2 Reis 24:1,13 e 14 relata: “Nos dias de Jeoiaquim subiu Nabucodonosor e invadiu a terra Tirou dali todos os tesouros da casa do rei e despedaçou a todos os vasos de ouro, que fizera

Salomão, rei de Israel Deportou de toda a Jerusalém, como também todos os príncipes, todos os homens valentes, dez mil presos, e todos os artífices e ferreiros; ninguém ficou senão o povo pobre da terra”. Todo o relato está nos capítulos 24 e 25 de 2 Reis.

Perceba que cerca de cem anos antes o profeta Isaías tinha profetizado sobre este momento. A primeira invasão dos babilônicos ocorreu em 605 AC. Em 589 Nabucodonosor voltou e cercou Jerusalém.

O sitio começou no nono ano de Zedequias e só terminou no décimo primeiro ano, no quarto mês. Pelos números, foi um longo período de cerco. A fome foi apertando e, então, numa noite, o muro foi arrombado e os homens de guerra de Judá fugiram, inclusive o rei.

Mas não tiveram sucesso na fuga, o exército inimigo os alcançou e o que aconteceu foi de uma verdadeira chacina. II Reis 25:6-7 diz: “Então prenderam o rei e o fizeram subir ao rei de Babilônia, a Ribla, onde foi pronunciada a sentença contra ele.

Aos filhos de Zedequias degolaram na presença dele, e a ele lhe furaram os olhos, e o ataram com duas cadeias de bronze, e o levaram para Babilônia”.

O que chama a minha atenção foi o que motivou esta profecia. Na minha maneira de ver foi o orgulho. O rei Ezequias, após tem uma das maiores bênçãos de Deus, a da saúde, não aproveitou para testemunhar do Deus do céu para os seus visitantes. O rei orgulhoso apenas se preocupou em mostrar riquezas, ouro e armas.

Amigo ouvinte, não esqueça que o orgulho sempre precede a queda. Quando você encontrar um orgulhoso, alguém que acha que “ele é o bom”, que “ele sempre está certo”, tenha apenas um sentimento: o de piedade. Porque se ele não mudar, em breve o pó será o seu destino.

Pense nisso e creia no Senhor Deus para estar seguro. Creia nos profetas dEle e você prosperará.

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